Em Córgomo é este maio a RAG habitual. O Córgomo do kormófilo homenageado, Florencio Delgado Gurriarán, aquele exilado republicáno em México, de vontade reintegracionista como o nosso Carvalho Calero ou o tam esquecido pedagogo de Vixoi. Aquele guerrilheiro da palavra desse Cancioneiro da loita galega que revoltava contra a inércia da castelhanizaçom e morria fiel ao compromisso cultural e político com Galiza. Aquele que trousaria ao escuitar no Paço do Hórreo o Sr. Rueda, tam reptilinho ele, malversando o também reintegracionista Paz Andrade e animando a um galeguismo conciliador e inconformista. Ao escuitar o fugido Sr. Feijóo, tam bípedo viperino, barbalhando sobre a cordialidade política e lingüística e avançando juntos pola senda do progresso tranquilo cara ao auto-extermínio.

É reptilinha Galiza? A Galiza das espirais e labirintos petroglíficos. A dos répteis Saefes e Oestrymnios, a das serpes de água, a do Córgomo, esse unicum toponímico pré-romano que em Cambre ou na Capela soa em Corgo. O Corrugus de Plínio o Velho, os cursos de água nos ruina montium do saqueio mineiro doutro império nas Médulas e Monte Furado. O Córgomo, o Corgo superlativo de Gurriarán, a réptil-serpe do rio Farelos, viçosa língua de águas vivecendo entre os montes cara ao Sil, serpe esguelhada que leva a água mas nom a fama por bandeira.

É reptilinha Galiza? É cordialidade lingüística arrincar-lhe do peito os nomes ancestrais à nossa Terra? Que diria o Florencio da língua bífida da nossa atual toponímia, quem escreveu a Louvança dos nomes enxebres? Que antergo e nobre alámio evocaria para o nosso homenageado La Coruña coa que batemos cada dia?.

Dizia Edward Carpenter que entre amantes nom há deveres nem direitos, mas entre os galegos colonizados, convencidos de lhe aprender aos pequenos o anglotrapo ou ianquitrapo junto ao castrapo, que traça de cordialidade lingüística pode haver? Sabido é de todos que em Reptilandia, os direitos lingüísticos escrevem-se sempre em papel molhado.

Entrementes, a língua esmorece em rituais e liturgias de postureio, na incomunicaçom coa lusofonia, o uniformismo lingüístico castelhano torra a nossa língua enxuita coma um córgomo maninho, caminho estreito e fundo convertido polas instituiçons coloniais numha poeira entre vales e cómaros de soina e estultícia.

Agora Gurriarán, (rejo filho da Geraçom Nós, como o arredista Manoel Antonio, ao dizer de Ferrín) saberá com essa sabedoria dos mortos do poeta Yeats que pol-a mala fada, inda hai feixes imbéciles e escuros que nos negam a fala, o espelho da faciana colectiva, o único xeito audible dos nosos devanceiros?

Na Galiza reptilinha, quantos Doutor Nuevo Campito, paródia do desertor lingüístico, celebrarám só um dia as nossas Letras? (Doutor Novo Campelo, aquele beligerante contra a nossa língua, eis o Gábi dos tempos de Florencio Delgado). Cantos dom Celidónios abaixarám a sua identidade a esse cosmopolitismo de progresso assimilador, prestos a esborrelar toda a memoria do seu clam? Bilingüístas harmónicos, como diria Florencio: Cantarenas de castrapos, Galiza é soio Galiza/ inda que o non queira ser.