A indústria que a empresa multinacional Altri está a projetar no País tem a todo o setor florestal e têxtil galego afervoado. A Administraçom galega, em voz do Conselheiro de Economia, Empresa e Inovaçom, tampouco poupou elogios cara a esta iniciativa empresarial. O projeto tem como objetivo instalar em Palas de Rei umha fábrica de Lyocell com umha capacidade de produçom de 200 mil toneladas anuais.
O Lyocell (ou Tencell) é umha fibra têxtil elaborada com restos vegetais. Segundo o próprio conselheiro delegado da multinacional, José Soares, os restos vegetais que se empregarám como matéria prima será a madeira de eucalipto por ser a que me melhor se ajeita ao processo de fabricaçom.
Advertências do movimento ecologista
Mas ante a euforia de empresários e conselheiros, diversos coletivos ecologistas avisam dos potenciais perigos que implica umha indústria destas características. ADEGA, SGHN (Sociedade Galega de História Natural), SGO (Sociedade Galega de Ornitologia), o Grupo Naturalista Hábitat, a AGCT (Associaçom Galega de Custódia do Território) e a FEG (Federaçom Ecologista Galega) assinam um comunicado onde se denunciam os graves impactos ambientais que a instalaçom da fábrica vai provocar na comarca da Ulhoa.
As primeiras fases do processo industrial som indistinguíveis das realizadas numha planta de celulosa para a fabricaçom de pasta de papel, o que significa que a instalaçom desta planta será como abrir umha nova Ence no centro do País.
Cabe mencionar que a elaboraçom do Lyocell precisa de 2.500 metros cúbicos de agua para a obtençom de umha única tonelada de fibra. Se a previsom da empresa é fabricar 200 mil toneladas anuais de isto dá um consumo anual de 500 milhons de metros cúbicos de agua. De onde se extrairá esta quantidade de agua? Onde se fará a vertedura das aguas poluídas? Neste sentido, o presidente da Plataforma em Defesa da Ria de Arousa (PDRA), Xaquín Rubido, já amossou a sua preocupaçom porque estas aguas rematem vertendo na Ria.
Além do espantoso consumo de agua, o projeto presumivelmente vai provocar um incremento das plantaçons de eucaliptos que na atualidade já ocupam mais de 650 mil hectares do território galego. Compre lembrar que dos 10 milhos de toneladas de madeira talada na Galiza, o 60 % da madeira já é de eucalipto. Os efeitos do monocultivo do eucalipto som bem conhecidos: erosom do solo, lumes florestais, perda de biodiversidade, deslocamento das espécies autóctones, seca das reservas hídricas…
No mesmo comunicado alertam que a parcela onde se instalará, a finca Rioseco de 122 hectares, é um espaço de alto valor ambiental, contiguo à Rede Natura 2000 (LIC Serra do Careom), e dentro das unidades ambientais da Rede Natura identificadas com hábitats prioritários. Amais a parcela acolhe a numerosas espécies ameaçadas, varias delas endemismos únicos no mundo.