Ainda pouco conhecido no conjunto da sociedade galega, o becerrense Fuco Gómez foi um precursor político e cultural que aguarda por umha verdadeira homenagem nacional. Entre outros muitos méritos, ideou um corpo teórico, simbólico e prático para o arredismo, escreveu um manual temperao de ortografia galega, dinamizou a comunidade emigrante, e publicou livros e jornais. Desde 1998, leva sendo lembrando polo movimento popular, com total desinteresse das instituiçons. Neste fim de semana, quarenta anos depois do seu passamento, a associaçom ancaresa Rente ao Couce inaugurava um monumento na Casa da Cultura de Becerreá.

Emigrado à Havana na Galiza dos anos 10 do século XX, autodidacta com voracidade leitora, organizado de maneira temperá na Juntança Nazonalista da Havana, Fuco Gómez funda o arredismo em data tam temperá como 1922. Com 27 anos, ele e outros correligionários fundam o CRAG, socializam umha bandeira para o país e teorizam umha via insurreccional no interior, que fracassará na década de 30, pola oposiçom frontal dos dirigentes do PG. No entanto, tivo tempo para escrever literatura (‘A fala dos animás, ‘Pastorelas’), manuais de língua (‘Grafia galega’) e ensaio político (‘Naciones Ibéricas’). Com sessenta anos, ainda dirigia na havana o jornal arredista ‘Patria Galega’.

Finou em 1972, recordado, entre outras vozes, polo também galeguista Neira Vilas, que socializou a sua figura nos círculos emigrantes. Até 1998, quando a CIG e vizinhança de Ouselhe colocárom um monólito na sua paróquia natal, nom recebera nenhum reconhecimento.

Historiado e recordado

Investigadores como Bao Abelleira, Xurxo Martínez e Uxio Breogán Diéguez tenhem debruçado na sua figura. Em 2007, umha comissom constituída para recordá-lo colocava umha placa na vivenda que ocupara em Ouselhe na década de 30; no passado 2020, Património dos Ancares e Rente ao Couce inauguravam o ‘Roteiro Fuco Gómez’, que dava a conhecer a sua casa natal no lugar de Montanha de Agra.

Imagem do ato de inauguraçom

Agora, em 2022, os artistas russos afincados em Návia, Pavel Yakushev e Alisa Smirnova colaborárom com Rente ao Couce para elaborar umha peça artística em metal. O busto de Fuco Gómez loze na fachada da Casa de Cultura de Becerreá, junto umha placa que o lembra como ‘escritor, jornalista, ensaísta e patriota galego.’ Com umha boa acolhida entre a vizinhança, e um aplauso mui sonoro do galeguismo em geral, como se viu nas redes sociais estes dias, Rente ao Couce dá um novo passo na vindicaçom da sua figura mais senlheira, passo que continuará, como afirmam do colectivo, ‘com novas iniciativas.’