Carlos G. Reigosa deixa plasmado na sua novela “Pepa A Loba” a representaçom: entre caseteira ao estilo Clara Corbelhe e bandoleira, entre justiceira e vingativa, esta figura emerge do ideário galego de começos do século passado para lembrar-nos a paixom de atuar desde a mais puro sentimento de liberdade sem intermediários. 

Praticante do amor livre, fuguista de prisom, guerrilheira, líder informal de párias da nossa Terra… Pepa A Loba passa pola pedra (no sentido antigo e literal) a chivatos, abusadores, exploradores…

A Terra-fogar e o lume da liberdade prende nela e nos seus, cum sentir libertário que nom agarda(va) por grandes Revoluçons nem ordens de ninguém para atuar. Vivendo ao limite da supervivência, enfrentando o poder sem aguardar nada dele.

Pepa era umha vendedora numha pequena tenda de aldeia: hoje poderia ser prostituta,  caixeira do Carrefour, camareira ou qualquer outra profissom regulada ou nom, online ou nom. Poderia ser perfeitamente a nossa Asum a piques de ser julgada e condenada junto cos seus companheiros ante umha sociedade muda e impassível.

Mui bom para os nossos dias.