O gandeiro é um setor económico que no nosso país vive em crise constante desde a entrada do estado espanhol na comunidade económica europeia. Hoje está no centro do debate por causa da polémica das macrogranjas, mas além do impacto ecológico que ocasiona a gadaria intensiva, qual é a realidade do setor no nosso país?

Entrada na EU

A entrada da Galiza no mercado comum europeio foi o fenómeno principal que condicionou todo o futuro do setor agrário. Galiza passa a formar parte do mercado comum na adesom que promove o estado espanhol no ano 1986.

Desde aquele momento, as dinâmicas derivadas da competência dentro de um mercado pseudo-liberalizado como é o da UE  impedírom o desenvolvimento do agro galego com ritmos próprios e reflexivos. O  atual momento de convulsom económica fai que o processo de crise num setor totalmente desestruturado, sem base social sustentável que lhe possibilite um futuro e com o olvido institucional profundo que padece, se acentue e possibilite o abuso do mercado sobre os produtores. O setor atopa-se a dia de hoje plenamente desprotegido da voragem mercantilista da indústria da alimentaçom.

Evoluçom

Tendo em conta a evoluçom histórica que viveu o setor, na atualidade tam só sobrevivem aqueles que pudérom adaptar-se aos cámbios com a ajuda das subvençons públicas para ampliar as suas granjas e converté-las em grandes exploraçons.

Como pode ler-se nos quadros seguintes, na atualidade o tamanho das exploraçons aumentou notavelmente mesmo considerando apenas os últimos 15 anos.

O número de granjas de porcos com capacidade superior ao milheiro de cabeças passou de 66 a 374, um incremento do 566 % neste breve período de tempo. E mais de dous terços da capacidade de cria do país corresponde a este tipo de granjas.

No caso das granjas de vacas, a evoluçom é diferente possivelmente polo freio que supujo durante muitos anos a cota láctea, que provocou que tanto o número total de granjas como de animais se reduzisse consideravelmente nas últimas décadas. Contudo o tamanho médio das exploraçons duplicou-se.

Um novo modelo

Esta a consolidar-se um modelo onde as grandes exploraçons som construídas com fundos públicos, e estas som servas das grandes empresas da alimentaçom. Para poder sobreviver no mercado as granjas operam através das chamadas empresas integradoras. Estas empresas subcontratam as instalaçons e a mão de obra das granjas para a cria dos animais. Por um lado entregam os animais, o alimento e a medicaçom necessária para engordá-los e por outro pagam umha quantidade fixa por animal engordado. Além disto, estas grandes exploraçons som construídas com sistemas automáticos de alimentaçom o que provoca que a mão de obra necessária para atendé-las seja mui reduzida.

Emprego agrário

No ano 1985 do conjunto da populaçom ocupada na Galiza, mais do 45% pertencia ao setores do agro e da pesca. As imposiçons dos critérios do mercado europeio ocasionárom umha diminuiçom do trabalho o que à sua vez provocou umha lenta mas continua sangria de migraçons das aldeias cara os centros urbanos do país e cara o estrangeiro.

No caso de pessoas dedicadas ao trabalho agrário a evoluçom fica patente no seguinte quadro: