A empresa Galicia Tin & Tungsten é a nova proprietária da mina de Sam Fins que está situada no concelho de Lousame. Esta empresa é filial do grupo australiano Rafaella Resources que acaba de mercar-lha a Valoriza Minería, pertencente ao grupo espanhol Sacyr. O grupo australiano também vem de mercar a mina de Varilongo em Santa Comba e duas mais no Norte de Portugal, em Borralha e Vila Verde. Estas recentes aquisiçons som parte da sua estratégia de converter-se no maior provedor de volfrâmio para a Europa ocidental.
Segundo informaçom fornecida pola própria empresa, pagará cinco milhons de euros mas só depois de extrair e comercializar as primeiras mil toneladas de volfrâmio. Também segundo a nova proprietária, conta com todas autorizaçons para explorar a mina por acima dos níveis inundados, nom assim para a zona inundada. Para explorar a zona inundada antes há que vaziar a água residual para o que previamente é necessário umha autorizaçom de vertido.
Umha história de irregularidades
A mina de Lousame foi notícia nos últimos meses por causa de que Aguas de Galicia reiniciou o trâmite de um expediente caducado no ano 2017, e que já fora denunciado pola própria Fiscalia do TSXG polas evidentes irregularidades. No trâmite inicial (iniciado no ano 2016) a empresa solicitava poder verter as águas que ateigavam as galerias da mina ao domínio público hidráulico e deste jeito continuar a explorar a mina nos seus níveis mais profundos. Tratava-se de mais de 1 milhom de metros cúbicos de águas residuais minerais que finalmente iriam dar à ria de Noia. Naquele momento a oposiçom social, além de que durante o processo se descobriram verteduras ilegais, fixo que se desestimasse o projeto.
Estes feitos já foram divulgados neste portal no seu momento, e agora é a associaçom ecologista Adega quem denuncia unha nova manobra para reabrir a mina sem estudo de impacto ambiental. Adega aponta no seu portal que a promotora mente no novo “projeto refundido” quando estima as quantidades de águas residuais a verter para evitar a avaliaçom de impacto ambiental. Rebaixou a quantidade a verter a 946.000 metros cúbicos, justo por debaixo do milhom. Os cálculos deste novo projeto contradizem os do ano 2016 e nom estám sustentados por dados hidrológicos oficiais.
Como é habitual, enquanto as grandes industrias extrativas, em mãos de grandes grupos empresariais estrangeiros, ocupam e poluem o território, destroem o património cultural e arruínam os setores produtivos tradicionais, as administraçons locais consentem e mesmo alentam estes excessos, e sempre baixo o discurso do progresso.