Esta nom é umha história típica, nem em forma nem em conteúdo, mas alberga o sentimento dum povo, e a difícil reciprocidade linguística entre esse povo e a sua língua própria. Conhecida por todos e todas nós, mas querida por menos e desprestigiada polas esferas de poder desde tempos imemoriais, a língua galega é umha supervivente, umha luitadora, nexo de uniom e metáfora viva do povo galego.
Representa com essa luita por sobreviver a de milheiros de emigrantes (os milheiros de emigrantes atuais a Alemanha, os netos daqueles que se vírom obrigados a deixar Galiza para ir à Argentina e à Suíça). Contem dentro dela a formosura dessa luita por sobreviver, esses sons melódicos expressados em tantos e tantos cantos de taberna, a idiossincrática retranca galega, o amor pola terra e o sonho de ser por sempre.
A língua galega traspassou fronteiras, muros, engrenagens sociais impostos e segue viva, sem nenhum tipo de apoio institucional por parte dum Partido Popular, que fai ouvidos surdos a um idioma que lhes resulta alheio, porque resultam ser uns apátridas na terra galega, o auto-ódio idiomático, cultural, pessoal e visceral que ditos governantes tenhem à língua é digno dum estudo pormenorizado a ditas mentes fechadas ao sentir galego e receptivas de mais ao de Madrid.
A ambiçom desmesurada política, laboral e a presom social afetam a dia de hoje o galego, menoscabando-o, tratando de converte-lo num reduto sem importância, mas já é hora de espertar. Espertaremos, polo galego, por todo os nossos antepassados e por nós. Mudar as tornas é fundamental na esfera política e na esfera social. Só assim salvaremos o idioma e a nós mesmos num contexto atual que invita à desesperança mas que nom remata coa alegria e a luita dum povo que nasceu para ser galego.