Esta semana o Instituto Galego de Estatística (IGE) publicava os últimos dados do Índice de Preços de Consumo (IPC), índice que alcança este mês umha taxa interanual do 5,9 %. Esta cifra rompe um novo registro e ultrapassa o 5,7 % alcançado no mês passado o qual já era o valor mais alto desde o ano 1992. Este incremento de preços está provocado sobretudo pola suba da energia que afeta principalmente aos grupos Vivenda, agua, eletricidade gás e outros combustíveis (20,4 %) e Transporte (13,7 %).
Pola sua vez, segundo informa o Banco de Espanha, umha de cada cinco pemes (empresas de menos de 250 trabalhadores e faturaçom inferior a 50 milhons de euros) está em situaçom de quebra técnica. Um 19,2 % destas tenhem fundos próprios inferiores à metade do seu capital social o que significa que a empresa deve mais dinheiro do que vale. Um dos principiais motivos é o incremento dos preços da energia já mencionado.
Fruto também dos elevados preços da energia elétrica, o governo concederá novas prerrogativas às empresas comercializadoras para impedir o seu colapso, e evitar o que já está a acontecer no Reino Unido, onde a escalada dos preços já levou por diante mais dumha dúzia de comercializadoras.
Pola sua vez, as empresas do setor turístico estám a atravessar dificuldades. Esta semana umha empresa hoteleira foi declarada insolvente e o caso de Air Europa também é grave. O governo de Espanha anunciou que vai interceder no seu resgate para evitar a sua quebra. O governo passará deste jeito a ser acionistas da companhia aérea.
Já no País, enquanto a cotizaçom do alumínio está em máximos históricos, Alcoa segue sem um futuro claro, e a expansom dum setor tam próspero como o da energia eólica nom impede o peche de Vestas.
Câmbio de modelo
As crises económicas afetam com especial virulência e em primeira instancia às classes mais baixas, mas como pode comprovar-se, esta crise além de cevar-se com as camadas mais humildes, já está a afetar também a hierarquias mais altas. Umha grande percentagem de pequenas e medianas empresas está a falecer e todo indica que muitas das grandes empresas correram a mesma sorte incapazes de afrontar os elevados custes energéticos.
Todos estes dados sinalam cara a umha mesma direçom: o esgotamento dum sistema económico que se baseava nas energias acessíveis e baratas para um crescimento sem fim. A escassez e encarecimento de energia e matérias primas urge-nos cara um câmbio de modelo económico que nom se fundamente no crescimento.