11 de Dezembro: centos de pessoas se reunem ante a convocatória da solidariedade antirepressiva na Corunha. Esse mesmo dia, em 22 localidades do país a gente manifesta-se ante a destruiçom que representam os novos projetos eólicos. Empurradas por distintas razons que as animam a tomar as ruas dum ou doutro jeito, é óbvio que nesses atos coletivos se está a livrar umha pequena batalha simbólica com o Estado.

Queremos pensar que umha esperança agroma neste contexto de crise. No periodo crítico de fai umha década as greves gerais paralisavam o país e explossionavam projetos rupturistas. A dia de hoje, com pandemia de fondo, e com toda a experiência histórica (também de impotência e frustraçom), nom podemos mais que arengar a seguir o difícil caminho do exemplo e da açom sem esquecer todo o aprendido.

Okupaçons como a do Eskárnio ou sala Iago pugérom e pretendiam ponher propriedades dos especuladores ao serviço dos projetos sociais. Mentres o SAT andaluz entrava em supermercados para distribuir os alimentos básicos, na Galiza, jovens do independentismo e o anarquismo faziam o mesmo. A turistificaçom era combatida por estes anteriores setores: o AVE e todo projeto de destruiçom da Terra… Nos límites do sindicalismo agromavam assembleias e atos das pessoas mais precarizadas, greves gerais (já digemos), desobediência e autoorganizaçom das de abaixo. E um apontamento que hoje nos é curioso: daquela, teléfono móvil e redes sociais representavam um novo tipo de controlo tecnológico, se bem já começavam a serem usados para encher as ruas de gente. Tema aparte (?) eram os avançados medios tecnológicos policiais e tentativas de infiltraçom nos ambientes militantes quase tam poderosas como a drogodependência (alcolismo incluido) à hora de domar e paralisar.

Quem conhecemos o cárcere sabemos que a represom é exemplarizante, que cria ao redor de nós um círculo de medo onde antes había rebeldia. O bem antigo método do “páu ou a cenoura” por desgraça funciona, e o sistema vai por diante ante qualquer intento de dissidência. Mas também é lei de vida que as contradiçons dialéticas som inevitáveis e que nestas sempre, tarde ou cedo, prende algum tipo de rebeliom.