Baixo a legenda “Na defesa das montanhas. Eólica Assim Nom” é que estám convocadas para este sábado, dia 11 de Dezembro, concentraçons e todo tipo de atos reivindicativos em 22 localidades repartidas por todo o território galego, localidades especialmente afetadas pola atual colonizaçom eólica. Esta mobilizaçom descentralizada tem como objetivo dar visibilidade às organizaçons, plataformas e coletivos vizinhais que estám a brigar, cada um desde o seu âmbito, contra a invasom eólica.
A convocatória está apoiada por mais de 170 coletivos de todo o País e haverá atos repartidos polas quatro províncias galegas: Bembibre-Val do Dubra, Carral, Coristanco, Ferrol e Maçaricos na província da Corunha; Antas de Ulha, Becerreá, Chantada, O Courel, Foz, Lugo, Meira e Vilalba, na província de Lugo; A Lama, Bueu, Cerdedo, Gondomar, Marim, Ponte Vedra e Vila de Cruzes na província de Ponte Vedra e Castro Caldelas e Laza na província de Ourense. A maior parte dos atos reivindicativos serám concentraçons onde se lerá o manifesto “Eólica Así Non”, mas noutros casos também se prevê subidas ao monte ou percorridos a pé a jeito de manifestaçom. Noutras convocatórias também está previsto que se realizem outro tipo de atos complementares como magustos, recitais poéticos, palestras ou performance.
Um modelo pernicioso
Com mais de 300 projetos de energia eólica em tramitaçom no território da CAG, além dos 186 já em funcionamento, os montes galegos estám seriamente ameaçados, pondo em risco habitats de especial interesse, determinados tipo de fauna e flora, as nascentes dos rios e, portanto pondo em perigo os ecossistemas que som fundamentais para a vida. Em ultima instância, está em jogo a supervivência do rural galego.
Galiza já tem mais de quatro mil aero-geradores em funcionamento e a densidade de potencia instalada já alcança os 130 Kw/Km2, cifra que quase triplica a media do Estado e que mesmo duplica a media da Alemanha. Também é preciso lembrar que um 30 % de energia eléctrica produzida na Galiza é para exportada. Com estes dados, ampliar em 300 novos projetos eólicas só pode entender-se desde umha lógica colonial. É por isso que a primeira demanda da coordenadora é umha moratória eólica real, quer dizer paralisar todos os projetos eólicos que estám em tramitaçom e que se derrogue o Plano Setorial Eólico da Galiza e as Leis de depredaçom.
As organizaçons que apoiam a convocatória apoiam as energias renováveis, mas nom um modelo claramente colonial que dana indubitavelmente a Galiza. Promovem um “modelo energético alternativo que se fundamente na soberania energética, no fomento do aforro e da eficiência energética, no autoconsumo e na gestão pública dos recursos ao serviço da sociedade galega”.