No passado 23 de setembro tínhamos notícia dumha original iniciativa em defesa dos direitos nacionais da Galiza: umha ‘muralha humana’ que, no mais conhecido monumento de Lugo, pretende unir quase um milhar de pessoas com estreleiras ou bandeiras da Pátria, celebrando deste modo o 103 aniversário da I Assembleia Nacionalista. A convocatória parte de Projecto Estreleira, estutura que nos passados meses inçou de simbologia nacional pontos muito diversos do território, motivando as iras direita espanhola.
Com a legenda ‘Adiante Galiza. Somos umha naçom’, e segundo recolhem no seu comunicado inaugural, Estreleira pretende recordar o grupo de pessoas que, em 1918, dérom início à etapa nitidamente nacionalista da causa galega, agrupados baixo o chamado das Irmandades. Dá-se também a circunstáncia que neste ano cumpre-se justo um século desde que a nossa bandeira ondeara oficialmente num prédio institucional. Foi na Corunha de 1921, baixo o auspício do militante e pensador Lois Peña Novo. Este facto serve a Estreleira para unir dous fitos da nossa história, e renovar o compromisso com a libertaçom nacional numha celebraçom ‘lúdica e reivindicativa’ que terá lugar no 21 de novembro.
Cadeia, música, jantar
Segundo informam nas suas redes sociais, Estreleira comprometeu já um grupo de 250 voluntárias e voluntários para conformar o que chamam ‘os alicerces da muralha’, com o que está garantida já umha extensom de mais de 500 metros de pessoas a arvorarem bandeiras nacionais; a intençom agora é que centos e centos de galeguistas de todo signo adiram à iniciativa, multiplicando a sua dimensom, através das listas de inscritas facilitadas pola organizaçom.
Mas nom todo fica aí: Projeto Estreleira quer que nesse dia de novembro, previamente ao ato político, vários atos musicais, comemorativos e reivindicativos, tenham lugar em distintos tramos da muralha, visualizando algumhas das expressons culturais e de luita da nossa Terra. Celebrada a cadeia humana, o acto encerrará-se na Praça da Catedral com o discurso dum ‘conhecido persoeiro galego’. Pondo o ramo a um dia que se pretende ‘de irmandade’, o coletivo trabalha também na organizaçom dum jantar popular.