Em conferência de imprensa o passado 3 de setembro, o secretário geral da CIG, Paulo Carril fijo um chamamento a participar nas concentraçons convocadas polo sindicato soberanista em todas as cidades galegas para o vindouro dia 19 de setembro, baixo o lema “NOM À ESTAFA DA LUZ, Recuperaçom das Centrais Hidroeléctricas, Tarifa Elétrica Galega”.
O secretário geral denunciou que toda a gravíssima situaçom de alça nos preços da eletricidade, tem lugar num momento no que Galiza se encontra diante dum novo processo de “colonizaçom energética” que no franquismo destruiu os rios e agora vai polas terras e montes, “enquanto se mantém muita gente na pobreza energética e comarcas inteiras de Galiza caminho da desertizaçom social e industrial, sem planos alternativos de nerngum tipo de reindustrializaçom”. Canda isto advertiu que as grandes empresas elétricas “estám a aproveitar a ocasiom do negocio eólico para fazer o seu lavado verde, sem ter previamente reparado a sua dívida ecológica nem resolto o impacto social gerado”.
Por isso demandou umha verdadeira transiçom ecológica galega “ordenada, justa, ao serviço do País, com umha gestom pública que ponha fim ao oligopólio das grandes elétricas”.
Carril fijo especial ênfase no valor estratégico que para Galiza tem o sector energético, polo que representa no seu PIB e por ser um factor relevante para a produçom industrial. Denunciou que, porém, ao longo dos anos, “por decisons políticas, Galiza foi especializando-se na geraçom de eletricidade com enormes custos sociais e ambientais e sem poder tirar proveito desta atividade”. Nesse sentido lembrou que “em Galiza exportamos, nos últimos anos, umha média do 30% em favor doutros territórios e do seu desenvolvimento económico, social e industrial no entanto em Galiza, fecham empresas, medra o desemprego e continua a emigraçom”.
Aliás, criticou o Governo espanhol do PSOE e UP por trasladar toda soluçom “ao jogo do puro e duro do livre mercado, confiando que com mais renováveis em produçom, o prezo baixará”.
Propostas de açom imediata
Sobre a mesa pujo umha série de medidas a adotar por parte dos governos espanhol e galego, no marco das suas competências, via Decreto e outras ferramentas legais para levá-las adiante. Propostas que a CIG tem presentado em numerosas ocasions, que nom fôrom atendidas polos diferentes governos e cuja aplicaçom teria evitado chegar à atual situaçom:
1.-O reconhecimento da energia como direito fundamental a umha vida digna que obriga as Administraçons Públicas a desenvolver e fomentar políticas públicas de intervençom no sector elétrico coas que garantir o aceso de todas as pessoas a ela.
2.-Reversom das instalaçons hidroeléctricas que acabassem e vaiam acabar a concesom, destinando os benefícios da produçom hidroeléctrica a abaratar o custe da eletricidade.
3.- Criaçom dumha Empresa Pública Galega de Electricidade que gira as centrais hidroelétricas cuja concesom vaia vencendo e, também, controle as participaçons accionariais que tem a Xunta noutras empresas energéticas.
4.- Fiscalizaçom das concesons hidroeléctricas em vigor de acordo coa legislaçom de águas vigente em Galiza e no Estado espanhol co fim de garantir que a energia reservada em favor das Administraçons Públicas se destine a baixar o preço da eletricidade.
5.- Modificar o sistema tarifário, limpando a fatura de todas as portagens que nom tenhem relaçom direta co funcionamento do sistema elétrico, coa produçom de eletricidade: primas renováveis, custos extrapeninsulares…
6.- Retirada do pool, do mercado maiorista, para fixar o preço da eletricidade, as centrais hidráulicas e as nucleares.
7.- Modificar transitoriamente os impostos que atualmente estám presentes na tarifa elétrica e que pagam injustamente as pessoas consumidoras mentres nom entrem em vigor as medidas anteriores, reduzindo o tipo máximo de IVE atual, do 21%, ao 4% que se aplica aos produtos básicos e, assim mesmo, que as empresas deixem de repercutir nas utentes o 7% do imposto à geraçom.
8.- Implantaçom da tarifa elétrica galega, dumha tarifa elétrica mais baixa em Galiza, partindo dumha reduçom do 30% das portagens do sistema eléctrico.