A passada sexta-feira programamos na Galheira a presentaçom do poemário “Teimas dum ninguém” do companheiro Roberto Rodríguez , sócio fundador e primeiro prési da nossa associaçom. Planificamos realizar a atividade na Praça de Sam Cosme, às portas do Centro Social, para garantir a distância de seguridade num momento de reponto dos casos de covid19 na cidade. O autor comunicou ao Concelho a celebraçom da atividade e todo semelhava em orde até a chegada da policia municipal.

Dous agentes da local chegárom mediado o ato com umha comunicaçom em que se podia ler que o ato nom estava autorizado polo Concelho de Ourense com ordens diretas de impedir a sua celebraçom. Chegárom mesmo a verbalizar que sofreram um atraso por outra intervençom mas que tinham ordem de vir a primeira hora impedir o início do mesmo. 

Desde A Galheira tentamos dialogar coa polícia para conhecer os motivos polos que se proibira de fato realizar a atividade enquanto esta seguia a desenvolver-se coa gente cumprindo todas as medidas que hoje imponhem para a realizaçom de atividades na cidade mas os agentes só apelarom às ordens “de arriba” e a serem uns “mandados” do Concelho de Ourense, depois veria-se que nada mais longe da realidade. 

As explicaçons dadas incluíam o facto de que de nom pôr fim ao ato, a pessoa que notificou a realizaçom poderia sofrer as consequências com umha multa que podia ir dos 601€ até 3.000€, e seguírom insistindo em falar co companheiro que nesse momento estava falando ao público sobre o seu poemário. 

Após umha longa discusom e a identificaçom do autor, que previsivelmente será multado polo Concelho de  Ourense, os agentes indicárom que se podia continuar co ato dentro do local social. 

Enquanto desmontávamos o mobiliário e o equipo de som que dispugéramos na praça e recolocávamos dentro, os agentes amostárom que a sua atitude nom era apenas de “mandados do Concelho” senom que como forças repressivas exercem violência injustificada contra a populaçom. Decidírom ir contra duas pessoas da praça que estavam tirando fotos do que acontecia e de como tínhamos que recolher todo para voltar montá-lo dentro ao ponto de identificar a umha delas e perseguir a outra, as duas sócias da Galheira, até o interior do local co objetivo de identificá-la. 

A companheira sofreu dum episódio de ansiedade ante o fustigamento da polícia e tivo que ir refrescarse à casa de banho, até onde se meteu a polícia co fim de fazê-la saír do local. Ante esta situaçom as pessoas presentes no ato decidimos increpar estes agentes para que abandonaram o local social pois nom tinham direito a estar ali perseguindo a ninguém.

O resultado disto foi que durante a hora longa que durou o ato dentro do local, a política estivo vigiando e rondando a porta do Centro Social procurando a saída da companheira para a sua identificaçom e criminalizando a atividade cultural que nesse momento tinha lugar no local. 

A atitude dos axentes e do Concelho de Ourense deu como consequência o sinalamento nom só da actividade realizada senom do nosso local, associaçom e do Centro Social que durante polo menos 2 horas estivo assediado pola polícia sem nengumha justificaçom. 

O autor Roberto Rodríguez e a companheira que apresentaba o acto, Arancha Rodríguez, as duas tamém socias, denunciarom num video nas redes socias o acontecido. Da Galheira puxémonos em contacto com Esculca que pedirá explicaçons ao Concelho de Ourense e trasladará á Valedora do povo. 

Como parte do tecido social e cultural de Ourense nom podemos menos que erguer a nossa voz de denunciar nom só a inoperância política de quem nos (des)governa no Concelho senom a clara perseguiçom a quem, com valentía, decide programar atividades culturais e levar adiante actividades que enriquezam a nossa comunidade e construam pode popular em Ourense. 

Levamos desde 2016 organizando todo tipo de actos e actividades no local e na Praça de Sam Cosme e nunca vivemos umha etapa de maior impunidade da autoridade municipal para valeirar a nossa cultura, desmontar as políticas culturais e perseguir aos coletivos e associaçons de base que nom renunciam ao uso das ruas e que somos insubmissas ao pago dumhas taxas injustas que devem ser eliminadas. 

De chegarem as multas iniciaremos umha campanha pública para que a comunidade nos ajude a fazer-lhe frente mas nunca renunciaremos às ruas e às praças da nossa cidade.