As pessoas promotoras do projeto fam um chamado para inçar o país de estreleiras neste 25 de julho

Na manhá do domingo 27 de junho um grupo galegos e galegas, nacionalistas e independentistas, apresentará publicamente no cume do Pico Sacro as bases e as linhas mestras do Projeto Estreleira, umha iniciativa social que nasce com o objetivo de divulgar e popularizar maciçamente os nossos símbolos mais senlheiros. O lugar escolhido nom é causalidade e a data tampouco: 90º aniversario da proclamaçom da efémera república galega de 1931 e véspera do 85º aniversario do plebiscito de autonomia de 1936, datas nunca suficientemente celebradas polo nacionalismo galego. 


O ato consistirá num roteiro nas redondezas do emblemático lugar e num ascenso ao cume do pico no que se despregara umha grande estreleira, o símbolo que mais e melhor identifica a causa nacional galega. Aliás, em próximas semanas apresentará-se a ediçom dum mapa histórico da luita galega na época contemporânea com desenho de Leandro Lamas e o conselho histórico dos historiadores Xabier Buxeiro, Bruno Esperante e Antom Santos. As pessoas promotoras apresentarám o Projecto Estreleira como umha iniciativa encaminhada para a difusom maciça e continuada por todo o território galego da nossa simbologia nacional e das reivindicaçons básicas da causa nacional galega, aquelas que nos identificam como movimento. O objetivo é combinar a difusom territorial dos nossos símbolos com o ativismo, a propaganda, a memória e a aprendizagem divulgativa da nossa geografia, história e cultura. 
Nasce da constataçom de duas evidências. Em primeiro lugar, o défice na difusom na sociedade galega dos símbolos que nos identificam como povo, e mesmo, a inibiçom da base social nacionalista na hora de exibir esta simbologia. Por outra parte, a crescente ocupaçom do espaço público e naturalizaçom da simbologia espanhola e da estrema dereita antigalega. A intençom é, por tanto, contra-arrestar o avance da simbologia espanholista e alargar a ocupaçom do espaço público e a naturalizaçom e normalizaçom irreversível dos nossos símbolos e consignas básicas. Aspiramos a que a base social do nacionalismo assuma e integre como algo natural e prioritário a necessidade de “deixar pegada” e marcar o território. Cumpre estar na paisagem. Das janelas dos nossos lares às montanhas da Galiza, vamos ganhar os espaços essenciais para a nossa supervivência. Cumpre, ademais, ser criativos, imaginativos e atuar com audácia. Este tipo de açons contribuem a erguer a moral dos e das militantes e simpatizantes e achega umha imagem solvente e de fortaleza do movimento. 

Imagem do ato. Galiza Contrainfo.


O “Projeto Estreleira” vai para além da difusom dos nossos símbolos e consignas. Aliás, tem um objetivo divulgador da nossa cultura, história e geografia. Cada açom de despregue da bandeira irá acompanhada dumha descriçom ou mençom ao lugar e a sua história. Deste jeito, contribuímos ao conhecimento do país. Por exemplo, se chantamos umha bandeira no nascimento do rio Límia, faremos umha referência à geografia do lugar. Se a chantamos nos cantís de Ortegal, aludiremos a importância geológica, paisagística do lugar, e se despregamos a bandeira em Ouselhe, lembraremos que é o lugar onde nasceu de Fuco Gomes. Se a despregamos a carom do Mosteiro de Oia, explicaremos, por exemplo, que é o único mosteiro do Císter na Europa localizado a rente do mar ou que nele deixárom pegada os prisioneiros e os executados em 1936.O Projeto Estreleira começa com um grupo promotor, pero o objetivo e que qualquer nacionalista galega seja um ativista do projeto. A ideia é atingir umha dinâmica de difusom autónoma. O que queremos é que quando um grupo de montanheiros e montanheiras nacionalistas projetem rubir, por exemplo, aos cumes de Ancares levem por iniciativa própria as suas pinturas para pintar umha estreleira. Que tirem umha foto e que a subam às nossas redes. Sempre respeitando o lugar e as pessoas.