O manifesto: Eólica, Assim Non; reclama a paralisaçom imediata dos projetos eólicos em tramitaçom e um novo modelo eólico.

Uns 50 coletivos e plataformas ambientalistas, vizinhais, sociais, culturais, sindicais de toda Galiza, entre organizaçons convocantes e aderidas, fazem um chamado a toda a sociedade galega para que participe na Grande Marcha contra a invasom eólica de Galiza que terá lugar no vindouro sábado 5 de junho em Santiago de Compostela, com motivo do Dia Mundial do Meio Ambiente. As entidades convocantes expugéron hoje em rolda de imprensa que o principal objetivo desta grande marcha será “expressar o amplo e contundente rejeiçom do povo galego a um modelo de desenvolvimento eólico imposto e colonial que converte a Galiza, umha vez mais, num território de sacrifício para favorecer as ânsias especulativas e de negocio do oligopólio energético, coa conivência da Junta e do Estado, indicou Rói Cuba, da ADEGA.

Cartaz da manifestaçom / Adega

Participou também na rolda Jessica Rey, da Rede Galega por um Rural Vivo, dando voz aos coletivos de afetados/as, quem alertou de que o atual modelo eólico está a ser um motor do despovoamento do rural. Advertiu de que a produçom galega com energias renováveis (eólica e hidroelétrica) já supera o consumo atual, exportando por volta de 30% da eletricidade que gera, contando com 14% da potencia eólica instalada no Estado e a maior densidade de aerogeradores por km2 da Europa. “Um desenvolvimento eólico que nunca teve em conta a opiniom da vizinhança nem do rural”, afirmou Jessica.

Manuel Da Cal da FRUGA lembrou que “o modelo colonial que se está a seguir agora coa implantaçom eólica já o sofreu Galiza coas celulosas, as centrais hidroelétricas e a minaria, polo qual os benefícios nom ficam nos proprietários das terras, mas nas mãos das grandes multinacionais”. Pola sua parte, Paulo Carril da CIG acrescentou que estas empresas estám aproveitando como escusa a transiçom ecológica para fazer o seu particular “lavado verde” sem ter antes compensado os danos ambientais que exercérom sobre o território, e que “nom é verdade que as renováveis, tal e como se estám concebendo, vaiam gerar milhares de postos de trabalho”.

Também falou dos impactos da energia eólica o porta-voz da Rede do Patrimônio, Santi Llecha, quem adverte da falta dumha avaliaçom rigorosa da afeçom destes macroprojetos sobre o patrimônio material e imaterial que se conserva nas perimetrais dos parques eólicos”.

Nos atuais parâmetros, asseguram estes coletivos que Galiza nom precisa da nova vaga de megaprojetos eólicos cos que as multinacionais da energia pretendem inçar o país. Assim, pois, na manifestaçom do vindouro 5 de junho reclamaram a paralisaçom imediata de todos os projetos eólicos que estám em tramitaçom na Junta e no Estado e que afetam ao território galego.

Além da moratória a novas instalaçons, demandam a derrogaçom do caduco Plano Setorial Eólico da Galiza e das “Leis de Depredaçom”, – em referencia à Lei galega de fomento da implantaçom de iniciativas empresariais de 2017 e à Lei de simplificaçom administrativa recentemente aprovada-, por constituir um autêntico atropelo contra os direitos das pessoas à participaçom pública e contra a preservaçom do meio natural, do patrimônio e da paisagem.

Eólica, Assim Nom: manifesto por um modelo eólico racional, sostível e justo

Paralelamente, no marco do atual processo de transiçom ecológica de cara a umha economia e um sistema descarbonizados para poder afrontar a mudança climática, os coletivos promotores do manifesto “Eólica, Assim Nom”, confirmam que apoiam as energias renováveis, incluída a eólica, mais nom à costa da destruiçom do território. Reclamam o desenvolvimento dum novo modelo energético e de implantaçom da energia eólica em Galiza que seja descentralizado, baseado na soberania energética, no fomento do aforro, da eficiência energética e do autoconsumo, e na gestom pública do recurso ao serviço da sociedade galega.

Segundo declaram os coletivos promotores da marcha, o jeito em que o atual governo da Junta de Galiza concebe e permite a implantaçom eólica no país está fundamentado na desregulamentaçom legal, no abuso das empresas energéticas às povoaçons afetadas, na destruiçom do património público e coletivo, tanto ambiental, cultural como paisagístico, e em interesses de carácter privado e especulativo.

As mais de 20 entidades convocantes da grande marcha contra a invasom eólica expõem neste manifesto as dez premissas fundamentais que se há de seguir no desenho dum novo marco normativo para o desenvolvimento eólico de Galiza. Entre estas destacam: a moratória urgente dos novos projetos e a derrogaçom do plano setorial eólico, a proteçom dos serviços ecossistêmicos chaves para afrontar a luta climática, a soberania energética, a ampliaçom da Rede Natura 2000, o estrito cumprimento da normativa ambiental, o fomento do autoconsumo, um trato justo para as comunidades afetadas e para o rural ou a participaçom pública efetiva.

O manifesto “Eólica, Assim Nom” permanecerá aberto ata o Dia Mundial do Meio Ambiente a novas adesons de coletivos, entidades ou plataformas que apoiem as suas reclamas e o objeto da manifestaçom do dia 5 de junho em Santiago de Compostela. As entidades e coletivos que se quigerem somar, poderám achegar o seu apoio através do seguinte formulário: https://forms.gle/tT96JwRjJkZh5dKG6

Ligaçom ao manifesto EÓLICA, ASSIM NOM: https://bit.ly/2SvKTU6

O 5 de junho, vemo-nos em Compostela!

As organizaçons convocantes preveem umha assistência massiva a esta manifestaçom que partirá da Alameda de Santiago às 12 do meio-dia do sábado 5 de junho. A marcha transcorrerá polas ruas compostelás até chegar à Praça do Obradoiro na que se lerá o manifesto e se guardará um minuto de silencio simbólico por todos aqueles territórios do país que já foram destruídos ou se estám vendo ameaçados pola ocupaçom eólica.

A marcha contará com o pertinente serviço de ordem para garantir o cumprimento de todas as medidas de seguridade obrigadas diante da atual situaçom de pandemia. As pessoas que quigerem participar nesta grande marcha deverám guardar a mínima distância de segurança e levar posta sempre a máscara.

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Entidades convocantes

Asociación para a Defensa Ecolóxica de Galiza – ADEGA, Amigos da Terra, Confederación Intersindical Galega – CIG, Federación Ecoloxista Galega – FEG, Federación Rural Galega – FRUGA, Verdegaia, Rede do Patrimonio Cultural, Rede Galega por un Rural Vivo, Aldeas Libres de Macroeólicos-Non ao Macroparque Ordes-Curtis, Amigas das Árbores de Ourense, Asemblea do Suído, Asociación de Veciños O Outeiro de Sanamede de Monte – Afectados Troitomil de A Baña, Asociación Roxín Roxal , Asociación O Sorriso de Daniel, Asociación veciñal, cultural, deportiva e recreativa do barrio da Agra do Orzán “Agra”, Calo rural, Colectivo A Rula, Plataforma pola protección da serra do Galiñeiro, Plataforma pola Recuperación do Sar, Quijote de Outes, Rede do Rural, Salvemos A comarca de Ordes, Sos Encrobas.

Entidades que apoiam a marcha

Sociedade Galega de Historia Natural – SGHN, Sindicato Labrego Galego – SLG, Alarma na Terra de Montes , Asoc. Amigos do Patrimonio de Castroverde, Asociación A volta Grande do Courel, Associaçom Cultural O Quilombo, Asociacion para a Custodia do Bosque Atlantico Betula, Asociación pola Defensa da Ría – APDR, Colectivo Ecoloxista do Salnés – CES, Club de Montañismo Montañas de Trevinca, Club Peña Trevinca Montañeiros de Galicia, Co-mando Ghichas, Contramínate, Eiquí Eólicos Non, Galicia Ambiental, Instituto de Estudos Miñoráns – IEM, Patrimonio dos Ancares, Plataforma Defensa do Sur da Dorsal Galega, Pataforma non eólicos Bustelo, Campelo Monte Toural, Plataforma de veciñ@s afectad@s Eólicos Vila de Cruces, Rede para o Decrecemento Eo-Navia Galiza O Bierzo, Rente ao Couce, Sos Groba, Salvemos o Támega, SOS Suído Seixo. Mina Alberta Non, Stop Eólicos Negueira.