Avança a precariedade
Na Galiza um 13,1 % das pessoas assalariadas cobra salários baixos. Esta cifra nom deixou de crescer nos últimos anos e passou de ser apenas um 8,2 % no ano 2006 a alcançar o referido 13,1 % no ano 2018. Se atendermos às diferenças por sexo a fenda salarial é evidente e a percentagem de mulheres que cobra salários baixos alcança quase o 20 %. Compre lembrar que som considerados salários baixos aqueles que representam menos de duas terceiras partes da mediana das ganâncias brutas por hora, e que para o cálculo deste indicador só se consideram as empresas de 10 ou mais pessoas assalariadas.
Estes dados formam parte do Inquérito da Estrutura Salarial, que é um inquérito sobre a estrutura e distribuiçom dos salários feito cada quatro anos, e que se realiza em todos os Estados Membros da Uniom Europeia. Os resultados do estudo fôrom publicados polo IGE na semana passada e deitam luz sobre precarizaçom laboral na Galiza.
O estudo, além de quantificar a percentagem de salários baixos, também analisa os salários por percentis e neste ponto destaca que o 10 % das pessoas com salários mais baixos nom alcança os nove mil euros anuais brutos (8.568,76 €), cifra que desce a 7.178,45 € no caso das mulheres.
As cifras da gráfica superior fam referência aos salários brutos anuais e compre lembrar que o salário bruto anual inclui o total das percepçons salariais, e nele computam-se todas as percençons brutas, quer dizer, antes de praticar as deduçons das achegas á Seguridade Social por conta do trabalhador ou as retençons a conta do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Como se pode ver no quadro seguinte, a diferença entre o salário bruto e o salário neto aproxima-se o 20 %.
Total | Homens | Mulheres | |
Salário bruto | 1.681,22 | 1.866,34 | 1.487,57 |
Salário neto | 1.344,62 | 1.474,39 | 1.208,85 |
Relaçom s. neto/s. bruto | 80,0% | 79,0% | 81,3% |
Números enganosos
Compre também chamar a atençom sobre o enganoso do concepto de salário médio. O nome leva a pensar que o salário médio é o salário mais habitual o qual nom é certo (este concepto chama-se moda) ou mesmo que é o salário que separa a metade da populaçom que mais ganha da metade que menos ganha, o qual tampouco é certo (este concepto chama-se mediana).
Assim, esclarecidos os termos, o salário bruto médio na Galiza no ano 2018 foi 22.244,59 € enquanto a mediana foi de 18.600,00 €, que dá umha imagem mais real da situaçom laboral.
Situaçom relativa dentro da EU
Para fazer-se umha ideia relativa sobre a situaçom laboral da Galiza em comparaçom com os outros Estados da Uniom Europeia, pode-se comparar a mediana das ganancias médias por hora. Assim, a mediana na Galiza é de 9,40 € por hora trabalhada, cifra que é apenas a terceira parte do que ganha umha pessoa assalariada em Dinamarca.
Todos estes dados fam referência ao ano 2018, polo que som dados prévios à crise causada pola pandemia do COVID-19, o que fai imaginar que a situaçom atual é ainda pior.