Como cada início de mês, as associaçons do automóvel, entre as que destacam Fanconauto e Anfac, associaçons de fabricantes e concessionários respectivamente, anunciam o número de veículos vendidos do último mês. E como bem sendo habitual por causa da queda constante das vendas, aproveitam para reclamar reduçons fiscais e mais ajudas públicas ao setor da automaçom.

Segundo manisfestárom esta semana ambas associaçons, a caída nas vendas de veículos na Galiza nos dous primeiros meses do ano foi superior ao 40 %. Poderia pensar-se que a causa é a crise provocada pola pandemia, mas a venda de veículos já estava em caída livre desde antes da chegada do coronavírus. Deste jeito, já no ano 2019 a queda anual na venda de turismos foi superior ao 10 % a respeito do ano anterior.

Anfac também alertava que o único segmento de venda que medra é o dos veículos de mais de 20 anos, feito que impede, advertiam, cumprir cos objetivos de descarbonizaçom, por ser veículos menos eficientes e em consequência mais poluentes. Neste sentido também lembravam que a “eletro-mobilidade” avança mui lenta.

Novas limitaçons para a transiçom cara a mobilidade eléctrica

Começa a ser umha constante por parte das empresas privadas fazer a promessa de melhoras médio ambientais para conseguir ajudas públicas, embora estas melhoras ambientais sejam irrealizáveis. Umha destas supostas melhoras ambientais é o automóvel elétrico, e como já se analisara neste portal, a eletrificaçom geral do parque automobilístico mundial é inviável por culpa da escassez do lítio, elemento principal na fabricaçom das baterias eléctricas.

Mas a escassez das matérias primas para levar a cabo esta mudança tecnológica vai além do lítio. As instituiçons som cientes disto e a própria Uniom Europeia conta cumha estratégia sobre os materiais críticos mas, apesar disso, continuam coa publicidade verde como é o caso dos Fundos Next Generation.

Neste sentido o grupo de estudos GEEDS (Grupo de Energia, Economia e Dinâmica de Sistemas) da Universidade de Valladolid e os seus membros trabalham arredor deste tema. Compre lembrar que este grupo de estudos ganhou notoriedade quando no ano 2011 publicava um estudo que desacreditava todos os estudos prévios sobre a potencialidade da energia eólica, estudo que patenteava que todos os estudos feitos com anterioridade sobre a questom partiam dumha premissa errónea, pois violavam a primeira lei da termodinâmica (sic), e rebaixava o potencial da energia eólica até um máximo do 5 % da energia primária consumida na atualidade.

Um projeto recente dirigido por membros do grupo de estudos GEEDS, Análise dos requerimentos materiais da transiçom cara a umha mobilidade eléctrica, bota por terra as esperanças para umha eletrificaçom do parque móvel mundial. O projeto em questom alerta que as reservas mundiais de Alumínio, Cobre, Cobalto, Manganésio e Níquel, além das de Lítio, som insuficientes para materializar a transiçom energética no transporte.

As alternativas radicam em adoptar hábitos socioeconômicos assumidos num cenário de decrescimento que implique (…) umha economia de estado estacionário que nom precise do crescimento para prover bem-estar às pessoas. Em outras palavras: abandonar o capitalismo.

Por este motivo, no projeto chega-se à conclusom de que a substituiçom de veículos a combustom por veículos elétricos nom poderá ser generalizada em todo o mundo, polo que apenas as regions mais ricas poderám obter as matérias-primas para poder utilizar este tipo de mobilidade (e nestas regions só as classes mais favorecidas). Também indica que se devem procurar alternativas além da simples substituiçom tecnológica. As alternativas radicam em adoptar hábitos socioeconômicos assumidos num cenário de decrescimento que implique umha reduçom da demanda do transporte, umha reduçom do emprego do transporte aéreo e marítimo, assumir o uso massivo do comboio elétrico para o transporte de mercadorias no lugar do transporte de larga distancia por estrada e, finalmente umha economia de estado estacionário que nom precise do crescimento para prover bem-estar às pessoas. Em outras palavras: abandonar o capitalismo.

Observando os resultados das simulaçons, chegamos à conclusom de que umha mudança na mobilidade sem mudar nossos hábitos e costumes nom serviria para diminuir os nossos problemas com o meio ambiente e com nosso planeta, mas sim para agravá-los”.