O rapeiro comunista Pablo Rivadulla Duró, mais conhecido como ‘Pablo Hasel’, vem de manifestar em comunicado de imprensa que nom tem intençom de entregar-se voluntariamente para ingressar na cadeia, e que ‘por dignidade’, terám que ‘sequestrá-lo’ para obrigá-lo a cumprir a pena de nove meses e um dia imposta pola Audiência Nacional.

O Julgado de Vigiláncia Penitenciária da Audiência Nacional deu a Hasel dez dias para acodir à cadeia, onde terá que pagar condena por alegados ‘enaltecimento do terrorismo e injúrias à Coroa.’ Nas suas cançons, o músico e revolucionário recordava presos políticos comunistas e antifascistas, para além de denunciar vários episódios de corrupçom monárquica que posteriormente até a mídia do Regime arejou.

O auto de ingresso é ditado depois de que o Tribunal Constitucional rechaçasse admitir a trámite o recurso do artista, desde que tem já umha condena em firme por ‘enaltecimento.’ A condena pola que agora ingressa na prisom foi imposta em setembro do 2018, e acompanha-se do pagamento de 30000 euros de multa. As mensagens perseguidas pola Audiência Nacional incluem 64 chios em Twitter, e umha cançom que subiu ao Youtube. Para legitimar a difícil decisom -a olhos da comunidade internacional- do encarceramento dum artista, juízes entendêrom que ‘mensagens equivalem a umha actuaçom violenta.’

Hasel valora solidariedade

Em comunicado nas suas redes sociais ao se conhecer a sentença, o catalám insistia em que o iam encarcerar ‘por feitos objectivos, mas jamais vam ajoelhar-me’. O rapeiro também quijo fazer umha análise da solidariedade recebida. Ao mesmo tempo que valorava o gesto de milhares de pessoas que mostrárom o seu apoio, Hasel também foi crítico: ‘ o Estado, diante dum potente movimento solidário, havia de pensá-lo duas vezes antes de cometer um ataque tam grave. Diante dum movimento solidário ainda fraco, desorganizado, em parte aproveitárom a desmobilizaçom das ruas polo covid para levar-me à prisom’, manifestou Hasel. Aliás, acrescentou ‘a solidariedade é mais do que dar-te ánimos. Tem-se que traduzir em feitos concretos.’

Medo e prisom

O comunista catalám quijo deixar claro também que a vontade da medida é atemorizadora: ‘cumpre interiorizar que quando encadeam umha pessoa fam-no para espaventar o resto.’ Hasel descartou o caminho do exílio e afirmou que ‘se fico aqui é porque é o mais proveitoso para a causa. Prisom nom é o fim. É umha trincheira mais de luita, eu mesmo desde a minha própria experiência sei-no bem. Comecei a luitar porque conhecia o exemplo de presos políticos que faziam grandes achegas da prisom, e que me ajudárom muito a tomar consciência. Tentarei fazer o mesmo, de dentro, tratar de formar-me mais, ler, fazer desporto, melhorar como pessoa e revolucionário.’