No dia de ontem fôrom publicadas as novas cifras da Enquisa de Populaçom Ativa com uns dados nada esperançosos. Segundo o Instituto Galego de Estatística, na comunidade galega (sem os dados referentes à Galiza oriental) o número de pessoas ativas volve baixar e situa-se em 1.223.500, a cifra mais baixa desde o ano 2002. A cifra de pessoas paradas também baixou levemente durante o ano 2020, ficando nas 142.600 pessoas, mas isto é devido precisamente a que a populaçom ativa desceu e nom porque se gerassem postos de trabalho. Como se diz, as pessoas ocupadas baixárom durante o ano passado, em concreto em 15.100 pessoas.

Dentro da tendência habitual, a taxa de desemprego é superior entre as mulheres que ente os homens. Assim, a taxa de paro nas mulheres situou-se quase três pontos porcentuais por acima da masculina: 13,2 % fronte ao 10,3 %.

E se atendermos aos dados que se referem às pessoas menores de 30 anos, as cifras som alarmantes: menos dum terço (32,44 %) tem trabalho. Nesta faixa de idade só 44.300 trabalham com contrato indefinido, o que significa que menos do 14 % da populaçom galega menor de 30 anos tem um trabalho estável.

Setor primário esboroado

Se atendermos aos diferentes setores económicos, o setor primário continua a ser o setor que menos gente emprega, ultrapassando apenas as 70.000 pessoas.

Como é bem conhecido, a entrada do Estado Espanhol no mercado europeu provocou que os sectores primários galegos se viram gravemente danados. Os sectores agro-gadeiro e pesqueiro som estratégicos já que garantem a soberania alimentar, mas as políticas provocadas por adaptar a economia galega à normativa europeia causarom o abandono de mais de 37.000 exploraçons agrárias ao longo da última década e a perda de mais de 265.000 hectares de superfície agrária útil desde a entrada na UE. Isto provocou à sua vez, um processo de êxodo rural.

ERTE, outro jeito de ocultar o paro

Sem entrarmos a analisar com detalhe o método de contabilizaçom do paro, a precariedade do mercado laboral, ou o já conhecido efeito da emigraçom que padece a Galiza, cumpre salientar um novo fenómeno: as pessoas afetadas polos Expediente de Regulación Temporal de Empleo (ERTE).

Todos os dados referentes à populaçom ocupada e à taxa de paro som irreais porquanto as pessoas afetadas polos ERTE com suspensom de emprego consideram-se ocupadas segundo a metodologia empregada. Os dados mais atualizados que oferece o Ministério de Trabalho e Economia Social amossam que na Galiza, a novembro de 2020, havia 39.670 pessoas afetas por algum tipo de Expediente de Regulaçom de Emprego. Se somarmos estas cifras à populaçom parada, a taxa de paro alcançaria o 15 %.

Além de maquilhar os dados do paro, o sistema de ajudas económicas a empresas com ERTE é outra forma de transferir dinheiro público cara ao setor privado.