Antes de pechar o ano Adega, A rente do chan e a Plataforma pola defesa do rio Verdugo (Pladever) alertavam que a Junta deixava caducar o trâmite de extinçom dumha concessom de aproveitamento hidroelétrico do ano 1899. O organismo dependente da Junta, Águas de Galiza, deixava caducar e arquivava o expediente de extinçom da barragem hidroelétrica de Ponte Inferno, no rio Verdugo. O desmantelamento da minicentral, que conta com mais de 120 anos, era o primeiro passo para a regeneraçom do rio. O pretexto alegado polo próprio organismo público foi que nom resolvêrom no prazo legalmente estabelecido o expediente de caducidade.

Segundo apontam as organizaçons ecologistas, esta forma de proceder som habituais por parte da Junta, e denunciam que estas demoras sempre favorecem os interesses das empresas concessionarias, neste caso de NATURGY. Ademais da barragem de Ponte Inferno, existem outras quatro barragens que poderiam encontrar-se na mesma situaçom: duas mais de NATURGY nos rios Lambre e Anlhons e outras duas de ENEL nos rios Vexo e Mandeo.

Antecedentes

Pressagiando o que aconteceria, no ano 2018 a CIG impulsava umha ILP (Iniciativa Legislativa Popular) ante a mesa do Parlamento Galego para resgatar os saltos e os aproveitamentos hidráulicos para o sistema público galego. A ILP recolhia revisar as concessons galegas para comprovar se cumpriam ca normativa que lhe é de aplicaçom e também propunha que a Administraçom, três anos antes que rematasse umha concessom, iniciasse os trâmites necessários para a sua reversom evitando deste jeito que continuaram em maos privadas.

Mas como era de aguardar, esta ILP, que estava respaldada por mais de 13 mil assinaturas, foi rejeitada polo Parlamento Galego co voto em contra dos deputados do Partido Popular.

Umha medida que tampouco resolveria o problema

A proposta de resgatar as minicentrais para o sistema público galego é ajeitada, mas insuficiente. Assim, segundo os últimos dados do INEGA, na Galiza existem um total 166 centrais hidráulicas, das quais 121 som mini centrais (centrais com potencia inferior ou igual a 10 Mw) que durante o ano 2018 produzírom 106 Ktep (mil toneladas equivalentes de petróleo). Esta cifra é suficiente para pôr a Galiza à cabeça do Estado na produçom deste tipo de energia, mas é apenas o 4,2 % da energia primaria galega e menos do 1,05 % da energia disponível no País.

Atendendo às cifras, pode concluir-se que é umha fonte de energia mui limitada e o seu regresso a maos publicas nom solucionaria o problema energético, ainda que sim ajudaria a melhorar a saúde dos rios galegos.

O setor energético galego

A dependência política galega provocou que Galiza se convertesse desde mediados do século passado numha reserva energética capaz de abastecer a crescente demanda dos principais centros económicos e de poder do reino de Espanha.

Atualmente a Galiza produz muita mais energia eléctrica da que consome. Além disso, umha parte importante desta energia é consumida polas indústrias de enclave instaladas no nosso país. Segundo o último balance energético de Galiza, ano 2018 produzírom-se 2.712 ktep de energia elétrica e apenas se consumírom 1.627 na Galiza, sendo a restante, 1.085 ktep, exportada para ser consumida no resto do Estado. Compare-se esta cifra com os 720 Ktep de energia eólica produzida esse mesmo ano nos montes galegos. Isto significa que Galiza poderia fechar todos os parques eólicos atuais e seguiriam a produzir excedentes de energia elétrica.

Fica assim de manifesto que com soberania, Galiza poderia reduzir a produçom de energia em mais dum 40 %.