A semana começou mal para o monte galego. Na segunda-feira o presidente da Junta anunciava no Foro Next Generation Galicia-Industria Forestal cinco projetos que aspiram a “mobilizar mais de 1.200 milhons de euros” na indústria florestal.

O projeto mais importante, que absorveria o 80 % do dinheiro, é a instalaçom da primeira fábrica de viscosa do País. Esta indústria fabricaria 250.000 toneladas anuais de fibra têxtil a partir de um milhom e médio de metros cúbicos de madeira. O projeto suporia um investimento de 950 milhons e, segundo afirmam, criaria mil postos de trabalho. Como acontece em qualquer projeto que vai atentar contra o médio natural é adornado com a promessa da criaçom de numerosos postos de trabalho, que na realidade acaba sendo sempre um número mui inferior do prometido.

Além do declarado por fontes oficiais, segundo indicam desde deferentes médios comerciais, por trás do projeto está a multinacional da indústria têxtil Inditex.

Um suicídio médio ambiental

As medidas anunciadas só agravam um problema que já tem raízes mui profundas. Tal e como denunciam desde organizaçons ecologistas do País, o projeto da fábrica de viscosa favorecerá ainda mais a eucaliptizaçom dos montes galegos. Ainda mais, por enquanto o 60 % da madeira produzida na Galiza já é de eucalipto. Este projeto obrigaria à indústria florestal a produzir 1,5 milhons de m3mais de madeira, que haveria que somar aos 9,5 de milhons já alcançados durante o ano 2019.

Além dos efeitos bem conhecidos do monocultivo do eucalipto: erosom do solo, lumes florestais, perda de biodiversidade, deslocamento das espécies autóctones, seca das reservas hídricas… há que somar os efeitos nocivos que implicaria a instalaçom dumha planta industrial que empregará processos químicos altamente poluentes.

À espera de saber onde se localizaria a nova indústria, esta enfraquecerá com toda seguridade os setores produtivos tradicionais da sua contorna, como já o fixo ENCE na ria de Ponte Vedra: a papeleira supujo um sério enfraquecimento do sector pesqueiro e aquícola e umha ameaça para a saúde da populaçom de toda a ria.

O capitalismo verde, outra vez como desculpa

Este tipo de empreendimentos vam instalando-se pouco a pouco por todo o País baixo a legenda da economia circular e do crescimento sustentável. Também baixo este discurso se anunciava há um par de anos a instalaçom por parte de Greenalia dumha macro-instalaçom de geraçom elétrica de 50 Mw. em Curtis ou a propagaçom indiscriminada de parques eólicos polos montes galegos.

As iniciativas mencionadas só tenhem um beneficiário: o capital privado. Graças aos favores das altas instâncias políticas, os promotores conseguem tirar novos lucros espremendo ainda mais os recursos naturais. Tratam-se de projetos que nom resolvem nenhum dos problemas que ameaçam o médio ambiente nem solucionam a escassez de energia e matérias primas que atravessa a humanidade. Som iniciativas que sem a ajuda pública, ajudas a fundo perdido e créditos subvencionados, seriam economicamente inviáveis.

Estes projetos só tenhem como alvo a transferência de fundos públicos a mãos privadas a costa de estragar a terra, o ar e a água que ainda resta por estragar.