A vizinhança da Casalonga, no município corunhes de Teo leva arredor de tres anos de luita contra a instalaçom dum vertedoiro numha canteira que mercou a empresa Toysal. Em outubro deste ano, a Dirección Xeral de Enerxía e Minas arquiva o expediente (logo de quase tres anos de inatividade) no que se recolhia o trámite da caducidade do direito mineiro pois a empresa incumpria muitas das condiçons para exercer este direito e Toysal começa a trasladar camions à canteira para marcar a entrada e saída da mesma. Falamos com José Antonio Ferreira, Vozeiro da Plataforma para que nos de um pouco de luz sobre esta problemática.

  • Recentemente, tras o arquivo do expediente pola Xunta, Toysal começa a instalar-se na Casalonga. Pugéchestes-vos em contato com Augas de Galicia. Que resposta recevechedes?

Realmente Toysal nom começou nunca a instalar-se na Casalonga, tam só apareceu dous dias, o primeiro intentando apropiar-se do vial público que atravessa a canteira colocando umha cancela, e o segundo intentando abrir como fora a válvula de vaciado da lagoa. Augas de Galicia foi avisada, apresentou-se ali um funcionário e alguém da empresa dixo-lhe que nom podia passar e ele nom passou. Nom sabemos mais.

  • Figestes umha rolda de prensa o passado 21 de outubro, preparastes mobilizaçons e acodistes à Valedora do Pobo, aliás destes importantes passos levados adiante, que mais medidas de presom tedes pensado fazer?

Estamos a realizar solicitudes de informaçom e de intervençom em todas as entidades implicadas, augas de Galicia, Minas, Meio Ambiente,… e já estamos começando a valorar os passos judiciais a dar num futuro porque vemos que é a via à que nos veremos abocados. Respeito das mobilizaçons temos já várias previstas, mas agardaremos ao melhor momento para leva-las adiante.

  • Informades na vossa página de facebook da morte de centos de carpins dourados na lagoa da canteira. Sem dúvida a fauna e flora própria do lugar é umha das maiores preocupaçons dos vizinhos e vizinhas. Que mais espécies poderiam ver-se afeitadas de instalar-se este vertedoiro?

Os carpins dourados realmente nom som umha espécie própria do lugar, som umha espécie exótica, e desconhecemos como chegou à lagoa. O curioso é que se se libera da lagoa poderia ter um efeito devastador no rio Sar pois ocuparia o espaço de peixes autóctonos, mas já confinados na lagoa servirom de catalisador do ecossistema, favorecendo a implantaçom de dúcias de especies de aves de humidais (várias espécies de patos, garças, cormorans, inclusso fôrom avistadas na lagoa duas lontras) e sobre estas algumha ave rapaz ( o falcóm peregrino e a águia ratoeira aninham nos terreios da canteira e fôrom avistadas águias calçadas). Também como oportunistas que som merodeiam pola canteira os raposos.

  • Como credes que pode afetar à vossa vida diária o vertedoiro aliás da contaminaçom, da proximidade das vivendas e das razons já expostas?.

Na vida diária há duas afecçons claras, umha é a derivada do passo de camions carregados com materiais contaminantes ou no caso dos empregados nos tecnosolos com cheiros insoportables. O pior escenário poderia supôr um camiom cada 5 minutos. A segunda afeçom segura será a contaminaçom das águas soterradas, agravada polo feito de que existem várias comunidades de áugas que se servem de mananciais do perímetro da canteira e que abastecem a perto de 1000 vizinhas de água corrente. Há umha terceira afeçom derivada das anteriores e que junto co medo já começou a ser realidade. O valor dos nossos bens cotiça claramente à baixa desde que Toysal mercou a canteira.