Chamava-se Igor González Sola, tinha 47 anos, e o seu nome engrossa a longuíssima lista de presos e presas mortas baixo a custódia do Estado espanhol; Igor era natural de Bilbo, implicara-se na sua juventude na organizaçom armada ETA, e pagava umha condena de 20 anos pola sua implicaçom na luita ilegal do independentismo basco.

Levava 15 anos trás as grades e, nos últimos tempos, rachara com o Colectivo de Presos e Presas Políticas Bascas. Rematara o seu periplo de vários lustros de dispersom, e estava a viver a última jeira da sua condena em Martutene, à espera de permissos penitenciários.

Os guardas, segundo fontes do jornal basco BERRIA, topárom-no sem vida na sua cela às 19,30 horas, no reconto. Nom transcendêrom as causas concretas da sua morte, se bem algumhas fontes apontam o suicídio; o movimento popular basco apontou à responsabilidade última, directa ou indirecta, do Estado espanhol, que teoricamente vela pola vida das pessoas sob a sua custódia. Organizaçons como EH Bildu ou ATA, exigírom nos seus comunicados o fim da política de excepçom contra prisioneiros e prisioneiras.

Num artigo publicado no digital La Haine,

https://eh.lahaine.org/igor-victima-del-carcelicidio

o militante anti-carcerário César Manzanos, de Salhaketa, fala de ‘aplicaçom extrajudicial da pena de morte nas prisons espanholas’. A sua causa última, dacordo com Manzanos, é a ‘buro-repressom’ : ‘umha lógica perversa e subtil que provoca ao cabo a morte de muitas pessoas presas.’ No caso de Igor, se o regulamento penitenciário que teoricamente rege para toda a populaçom reclusa, hoje estaria já na rua, pois as reduçons de condena e os permissos permitiram a sua libertaçom. Mas ‘a aplicaçom da lei penitenciária como arma de puniçom leva a desenlaces fatais como estes’, diz Manzano.

O activista esclarece que é apenas polo feito de tratar-se com um preso basco com respaldo político, familiar e social, o cárcere ‘teria simplesmente ocultado esta morte, como fijo com milhares de pessoas presas falecidas nas cadeias durante os últimos 40 anos.’

No caso de confirmar a tese do suicídio, conclui o activista, ‘este nom é mais do que a aplicaçom extrajudicial da pena de morte, desde que é o resultado directo de aturar o sofrimento exercido polas condiçons de encarceramento (…) e sobretodo a constataçom de que nom se aplicam ou nom funcionam os protocolos existentes de prevençom de suicídios.’

Evitar el carcelicidio debería ser un tema prioritario los “pactos de estado” entre partidos políticos que se autodenominan democráticos y dicen defender la vida por encima de todo y condenar todo tipo de violencia, menos la ejercida por el estado. Y es que al estado únicamente le preocupa cómo ocultar las muertes de personas bajo su custodia, negando su posible responsabilidad en las mismas, cuando no, despreciando a sus víctimas y a los familiares de las mismas. Enviamos nuestras condolencias y solidaridad a la familia del preso bilbaíno Igor Gonzalez Sola, e invitamos a todo el mundo a manifestarlo públicamente. Igor, Agur bero bat.