Há algum tempo os meios de comunicaçom de massas ridicularizam e criminalizam os movimentos sociais. Felizmente para nós, essa caricatura que fazem dos grupos de poder é tam infantil, que acabam destacando os preconceitos que têm contra as classes populares do País. A falta de contexto quando se fala de ocupaçons é preocupante.
1º A palavra okupa deveria ser empregada unicamente para referir-se às pessoas que estam organizadas dentro do movimento social radical que exige que nom se especule coa vivenda por ser umha necessidade básica. Nom ten que ver com essa gente que sae nos videos, de classe méia alta e colega de juristas que acutam de xeito individual e desprestigiando ao colectivo. Um colecivo que na Suiça conseguiu que os alugueres tiveram um tope mensual ou que a venda de vivendas nom puidera generar mais dumha porcentagem de benefícios anual (algo que evita esa maravilhosa borbulha inmobiliária que nos levou à crise do 2008, por certo, e que destrozou varios milhons de famílias no Estado).
2º Nem a La Voz nem aos bancos lhe interessa o mais mínimo a seguridade das tuas inversions inmobiliárias. O que querem é normalizar o despejo express nas vivendas para darlle saida a todo ese conjunto inmobiliário que xuntaram (eles e o filho de Aznar e Botella) graças à crise. Vender-lhas baratas à gente sem estabilidade laboral, generar outra crise e bota-los o mais rápido possível, ficando com a casa e com os quartos do iluso que pensa que estamos nun país cheio de oportunidades.
3º Que perverso, que un acontecemento que afecta a 3 de cada 100.000 galegas, o que venhem sendo menos de 80 pessoas na nosa comunidade abra un telejornal dia si e dia também. E nom o faga a falta de acceso a um asilo público, a emigraçom juvenil ou a falha de relevo generacional no País ou as mortas a mans das suas parelhas. Como na crise da Covid, a economia e as inversions económicas por riba da vida.
4º A instauraçom dun sistema punitivo. Nom há que fazer leis para todo, para isso existiu sempre a comunidade e o comunitário, nom che fai falha legisla-lo todo, o que fai falha é nom cair na trampa de vermo-nos seres individuais às que nom lle afectam as inxustizas sociais e que normalizam as violências do Estado. Levamos toda a nossa história aplicando o peso do vecinhal, do grupo, da manada, e gestionando as nossas vidas sem apelar ao sistema judicial do País. Recuperar isso parece mais interessante que tipifica-lo todo no Código Penal. Que persoa quereria estar numha casa se os vezinhos lhe fixeram umha cacerolada abaixo dia si e dia também? Se nom te atendem no comércio de bairro? Se aos teus filhos os deixam ilhdos? Se che reventam as rodas do carro? Pois isso, autoorganizaçom!
Eu négo-me a viver nos Estados Unido de América no que umha propriedade tem mais valor que a vida de umhas dúzias de negros. Comigo que nom contem.
Os verdadeiros “Okupas” deste país têm em suas carteiras de bens o Pazo de Meirás, e andam ceives pelas Instituiçõns que o Regime de 78 designou para todos eles. Que essas forças de ocupação deixem a Galiza!