Vendo um experimento sobre a sobre-estimulaçom artificial com bolboretas macho (apresentava-se-lhes um estímulo coas características da bolboreta fêmia mui exageradas e outra fêmia autêntica, os machos elegiam o estímulo visual artificial o que os frustrava umha e outra vez posto que nom podiam tomar a açom à que se dirigiam repetidamente confundidos sem ter consciencia de que o estímulo é falso), vim a similitude co sistema que nos ocupa, no que desde nenas nos estám a bombardear visual e auditivamente com estímulos feitos profissionalmente para captar a nossa atençom e fazer-nos consumi-los, e que nós em nengum momento elegemos.
Nós estamos sendo quotidianamente submetidos a umha sobre-estimulaçom artificial até o ponto de esquecer o contacto real com nós mesmos, co impulso da vida e substitui-lo com distraçons.
É difícil nom deixar-se arrastar pola riada de distraçons e encontra-se numha vida rotineira com dous estados, produzir e consumir. A mente necessita estímulos, desde pequenos por falta doutros recursos distraem-nos, assim pouco a pouco vamos integrando um jeito dependente de viver. Agora, co que está passando, muitas pessoas estám tendo muita dificuldade para adoptar um estilo de vida mas pausado com quietude. É mui comum que o espaço que deixárom todas essas atividades que se faziam fora sendo colonizado polos ecrás.
É mui importante ser a dona da tua atençom, a pausa é imprescindível para dar-lhe espaço a umha tetemunha interior, umha guarda que te vele, que esteja mui perto e seja acesível.
A pausa oferece um espaço para cultivar a olhada interna, o baleiro é espaço.
Independizar-se emocionalmente é cultivar esse espaço, essa mirada própria e íntima. A soidade é umha parte importante da vida adulta e nom é um problema, é um espaço criativo, um encontro sem adornos com umha mesma.
Para que recebemos umha educaçom curricular? Por que nom nos ensinam a ser humanos? Será que quantos menos recursos internos tem a gente mais doados de distrair som?
Este sistema está tam arraigado que já é cultural consumir para ser aceitado socialmente. Inventárom essa imagem da felicidade representada polo matrimónio com filhos, casa, cam e carro. Esperárom a que ti dixesses quem eras e que necessitavas ou dixérom-che como tinhas que ser e que tinhas que fazer?
Se sais da linha prevista, se abres um novo caminho ao teu jeito, decides independizar-te e ser autónoma vas ter que construi-lo dia a dia. Algumhas cousas estám feitas por que outras anteriores o figérom, pugérom a atençom e a intençom em construir e isso deu-lhe um sentido a todo.
É interesante pôr a atençom num entretenimento que cultive algumha parte de nós, e nom numha distracçom que só toma a nossa atençom.