Baixo um céu cinzento celebrou-se, como cada 12 de agosto, a homenagem em que o Movemento Galego ao Socialismo lembra a figura de Moncho Reboiras na sua freguesia natal de Imo (Dodro).

Assassinado pola polícia dum regime franquista agonizante, Moncho Reboiras deixou-nos o exemplo de militante político até as suas últimas consequências, e também a vigência das suas ideias de liberaçom e a necessidade de contar com organizaçons fortes em todos os âmbitos que articulassem o movimento nacional e popular.

Polo MGS tomou a palavra Noa Presas, membro da sua Mesa Nacional e Deputada do BNG no Parlamento Galego, quem alertou dos câmbios nas nosas vidas que provocou o Coronavirus e da aceleraçom da chegada da nova crise do capitalismo que precarizará ainda mais as condiçons materiais de vida da classe trabalhadora.

Ademais, destacou o histórico resultado do BNG nas passadas eleiçons galegas, mas recomendou colhê-lo com cautela, humildade e responsabilidade, num contexto de alta volatilidade eleitoral, da necessária reactivaçom organizativa e da consolidaçom dos sinais de identidade históricos do soberanismo .

Para finalizar, anunciou a convocatória da 3ª Assembleia Nacional do MGS, num contexto extraordinário, coa necessidade da reconstruçom do espaço político, fazendo autocrítica dos erros, valorizando os acertos e abrindo umha nova etapa histórica adaptada às condiçons de 2020.

A continuaçom intervéu Lucía Freire, membro da Mesa Nacional do MGS e da Executiva Confederal da CIG lembrando as consequências económicas, laborais e sociais da atual crise do Coronavirus que estamos a padecer. Explicou como as chamadas “crises económicas” nom som mais que processos cíclicos que o capitalismo precisa para acrescentar os processos de concentraçom da riqueza.

Freire indicou que as receitas que se tomárom em 2008, que acenturárom a precarizaçom e o empobrecimento das classes populares, nom podem ser as que se tomem atualmente. Porém, vemos que se toma o mesmo caminho: os ERTES, os ERES, a desregulaçom dos horaários, a repressom… som políticas úteis para o capital mas ruinosas para a classe trabalhadora.

Rematou recordando que só coa mobilizaçom é a organizaçom poderemos vencer um capitalismo senil e decadente, em ofensiva para arrebatar-lhe o pouco que lhes queda ás despossuidas.

Por último falárom também Xoám Bautista, Responsável Local e Concelheiro do BNG de Dodro, e Pilar Casás, pola Mesa Nacional de Isca! Xoám recordou que temos que conhecer o passado para saber a onde queremos ir no futuro. O nacionalismo sempre o tivo claro, um país que produza e que aproveite as suas potencialidades. Essas potencialidades que sempre tivo em conta Moncho Reboiras na sua açom política.

Pilar reflexionou sobre a mocidade precarizada nesta crise, sendo umha das principais esquecidas, por exemplo, no âmbito do ensino, que minguou em gram medida a qualidade do mesmo (chegando ao extremo de estudantes sem acesso a aulas online), todo isso co agravante da pésima gestom da Xunta. Sinalou que os dados falam dumha alta percentagem de desemprego juvenil, e todo isso sem contar a mocidade emigrada. Para finalizar, recordou o trabalho e a dedicaçom de Moncho Reboiras para construir umha República Galega onde nom tenha cabida nengumha opressom.

A homenagem contou coa atuaçom musical da arzuá MJ Pérez, que interpretou vários temas do seu repertório. O ato concluiu coa interpretaçom da Internacional, o Hino Nacional e coa entrega dumha coroa de flores na tomba de Reboiras.