O passado 14 de julho, dous dias após a realizaçom das eleiçons galegas, foi publicado um primeiro rascunho do Protocolo de adaptaçom ao contexto da Covid19 nos centros de ensino nom universitários da Galiza para o vindouro ano académico 2020/21. Trata-se dum relatório que provocou a indignaçom do conjunto das forças sindicais ao ser apresentado com apenas 48 horas de antecedência ao início da Mesa Sectorial, facto que demonstrou segundo o secretário geral de Educaçom da CIG-Ensino, Suso Bermello: “a prepotência e nula vontade negociadora da Conselharia de Educaçom”. O unilateralismo e a “perspetiva economicista e ultraliberal do PP” provocou o abandono dos sindicatos da Mesa Sectorial, assim como a rejeiçom do Protocolo e o início duma vaga de mobilizaçons.

Causas da oposiçom sindical

O protocolo, aprovado definitivamente dias depois -no 22 de julho-, tem como objetivo, segundo as organizaçons sindicais, afrontar a possibilidade de novos surtos da Covid19: “sem incremento orçamentário, sem contratar pessoal de reforço e sem reduzir a proporçom docente-discente”. Esta decisom da Junta da Galiza é ainda mais polémica se levamos em conta que o presidente da Galiza solicitou ao Estado destinar os aproximadamente 120 milhons de euros alocados ao desenvolvimento de medidas de segurança no ensino a outros fins. Neste sentido, a Conselheira de Educaçom, Carme Pomar, justificou a necessidade de manter os grupos unidos “para evitar problemas de socializaçom”, contra as recomendaçons das autoridades sanitárias de reduzir o número de educandos por grupos para evitar a expansom do vírus. Esta facto, no entanto, contrasta com a achega anual de fundos públicos ao financiamento da escola privada-concertada, da qual fam parte cinco centros do Opus Dei que segregam o alunado por razom de sexo.

Além dos motivos expostos, a CIG-Ensino assinala a temeridade de reduzir a distância de segurança a apenas 1 m., por baixo das recomendaçons da OMS, para evitar o desdobramento de grupos; a ausência de recursos humanos para desenvolver as açons descritas no protocolo que ultrapassam as funçons docentes como a limpeza ou, entre outras questons, o perigo dum “confinamento pedagógico” ao defender um modelo de organizaçom escolar tradicional em espaços saturados, com escassez de docentes, provocando uma desnaturalizaçom do processo educativo.

Concentraçons contra o protocolo

No passado 22 de Julho o conjunto dos sindicatos reclamárom medidas de segurança para garantir a presencialidade e a saúde de toda a comunidade educativa no vindouro ano académico. Numa caçolada nos jardins de Sam Caetano exigírom a retirada do protocolo, a reduçom da proporçom docente-discente, o aumento de professorado e a garantia das distâncias de segurança.

Concentraçom nos jardins de Sam Caetano

Os atos de rejeiçom do protocolo continuam na próxima terça-feira, 28 de julho, às 11:30 h. com a organizaçom duma cadeia humana ao redor da sede da Junta. Os sindicatos fam um chamado ao conjunto dos profissionais da educaçom para “berrar connosco contra um protocolo que nom atende a motivos pedagógicos nem sanitários e que restringe os direitos do professorado, atribuindo-nos funçons que nom nos som próprias”.

As AMPAS somam o seu descontentamento

A “Confederación de ANPAS Galegas” assinalou que o desenho do protocolo “adapta até o insulto as necessidades sanitárias com tal de nom achegar mais pessoal, nem docente, nem nom docente, mais instalaçons, mais transporte ou mais atençom ao alunado”. Acrescentam, ademais, o perigo de deixar em maos das direçons dos centros a gestom dum protocolo sanitário, para o qual nom estám preparadas, como o risco que isto leva consigo. Da mesma maneira, indicam que a aplicaçom deste protocolo “converteria os centros escolares em prisons ateigadas de normas de funcionamento, com percentagens de ocupaçom de casas de banho, corredores, entradas e saídas, para logo permitir o ateigamento nas aulas, no transporte e nos comedores escolares”.