O sector automobilístico já era um cadáver antes da crise provocada pola pandemia. Assim se relatava neste mesmo portal a começos de ano, coincidindo com a publicaçom dos dados anuais. Já se está mui longe dos 82.066 turismos matriculados no ano 2007, máximo da série histórica, e no passado ano apenas se alcançárom a vender 40 mil turismos nas quatro províncias galegas. Ante estes dados e alarmados polas previsons, as diferentes associaçons do sector já faziam pressom para receber novas injeçons de capital público para nom afundir-se definitivamente.

A esta situaçom de precariedade, há que somar-lhe o duro golpe sofrido polo surto, que acelerou o declive inevitável dum dos sectores económicos mais insustentáveis. Deste jeito, o mercado move-se em mínimos históricos e no que vai de ano, desde janeiro a maio, só se vendérom 8 mil turismos, menos da metade que no mesmo período do ano passado.

Assim as cousas, o governo espanhol aprovou um plano de resgate do sector automobilístico por importe de 3.750 milhons de euros. Medida que foi louvada polas associaçons de fabricantes de veículos e componentes, e de distribuiçom e comercializaçom de veículos. Esta medida, além de alimentar a borbulha criada arredor do mercado do automóvel, também desvia umha quantidade ingente de dinheiro público a mãos privadas.

Um modelo esgotado
O poder aquisitivo é cada vez menor e os automóveis som cada vez mais caros, o combustível é cada vez menos accessível e as cidades estám a ficar sem espaço. A aclamada eletrificaçom do parque móvel é inviável porquanto as reservas acessíveis de lítio som escassas e nom alcançariam, sendo otimistas, nem para um 20 % da quantidade de automóveis atuais, que já ultrapassam os mil milhons em todo o planeta. O modelo de transporte baseado no carro privado para o deslocamento individual está destinado ao fracasso. Como já se dixo mais arriba, nem as ingentes quantidades de dinheiro público podem frenar a morte do sector. No lugar de criar um plano para umha transformaçom ordenada do modelo de transporte o governo espanhol insiste em esbanjar dinheiro público para continuar com a orgia da combustom e os seus efeitos secundários.

Questom de prioridades
O argumento oferecido polo executivo “socialista” para justificar esta ajuda milionária reside em que dous milhons de pessoas dependem do sector, mas esta cifra empalidece se se compara, por exemplo, com o sistema educativo. O âmbito educativo, no conjunto do estado, implica a mais de 9 milhons de pessoas, 8.3 milhons de alunos e mais de 700 mil de pessoas dedicadas a labores docentes, embora as ajudas que receberá serám notavelmente inferiores. Segundo as novas das últimas semanas as ajudas à educaçom alcançariam pouco mais da metade do sector do automóvel, por volta dos 2.000 milhons de euros.

Do mesmo jeito que sucedera no seu momento com o resgate do sector bancário, esta situaçom pom de manifesto que na hora de incrementar a dívida pública prioriza-se o financiamento do setor privado e da atividade produtiva fronte o fortalecimento dos serviços públicos. Será entom que um carro vale mais que um mestre?