Falamos coas vizinhas da Casalonga, do Concelho de Teo que lideram a luita desde 2018 contra a instalaçom de um aterro perto de suas casas pela empresa Toysal com a aprovaçom da Xunta. Um exemplo a seguir de como umha organizaçom local pode parar projetos como esse, com sérias repercussons ambientais, econômicas e sociais.
Quando se começou a luitar contra a instalaçom de um aterro perto de suas casas? Que repercussons teria isso no seu ambiente?
A semana passada fijo dous anos. O Concelho convocou em assembleia à vizinhança para relatar o projeto que há alguns meses umha empresa tinha entregado aos serviços de planejamento da cidade para emitir um relatório. Esse foi o gatilho para toda a mobilizaçom.
Na feira de San Martinho de 2019, realizárom umha iniciativa que foi difundida por vários meios de comunicaçom. Nele, colocárom nas suas casas pôsteres de “É vendido por aterro”. Em setembro do mesmo ano, realizárom umha série de informaçons sobre o processo de denúncias ao segundo plano de restauraçom aberto polo Meio Ambiente, para que as moradoras puderam se opor a esse projeto. Como definiria a reacçom da vizinhança e o apoio social a esse respeito?
O apoio da vizinhança até agora tem sido muito bom. Sempre que desde a coordinadora chamamos à gente para mobilizar, tivemos uma ótima resposta e acreditamos que isso foi crucial para a administraçom nos tiver em consideraçom.
Atualmente, durante a quarentena de 2020, associaçons de toda a Galiza denunciaram num manifesto que a Xunta estava tentando realizar 1000 projetos industriais que eram especialmente controversos no momento em que as cidadás eram privadas dos seus direitos. Como está a situaçom agora?
O que o Xunta publicou foi que os prazos administrativos estavam começando a correr novamente, mesmo que o estado de alerta tivesse sido mantido. Isso significa que, para projetos em período de exposiçom e alegaçons públicas, os prazos som cumpridos, mas as residentes nom podem sair de casa para se reunir, tomar decisons ou apresentar as diferentes alegaçons. Nom parece sensato e é por isso que apoiamos o protesto, porque umha das razons polas quais, por enquanto, conseguimos parar as tentativas da empresa de se estabelecer em Casalonga, foi fazendo muitas alegaçons a diferentes projetos, destacando o nom cumprimento da lei.
Este é um caso no que pessoas organizadas podem exercer umha pressom muito forte sobre os governantes. O que destacariades sobre esta luita vizinhal?
A situaçom atual é que as empresas do setor de resíduos e energia estam tentando desenvolver projetos que sejam polo menos potencialmente perigosos para o meio ambiente e para as pessoas, e dado que a legislaçom possui brechas polas quais essas empresas podem infiltrar-se, a populaçom está tentando se organizar para lidar com eles também com a lei em vigor. A sorte que tivemos foi que conseguimos aprofundizar no problema e deixar aparte qualquer debate partidário, entom o povo e as diferentes instituiçons apoiárom-nos nas nossas demandas. Outra sorte foi que, sendo umha área altamente povoada e próxima a Compostela, a diversidade da populaçom significava que tínhamos connosco desde o início pessoas do mundo da ciência, direito ou associativismo colaborando abnegadamente com a plataforma e que nos deram ferramentas para a luita.