Hoje vamos com os mais grandes, com Dios Ke Te Crew. Se algo me fijo pensar que podia existir rap en galego e de qualidade foram eles. Também me ensinaram, ainda que daquela nom o pilhara, que se pode ser anarquista e nacionalista, incluso independentista.

Nom sei se necessitam apresentaçom mas, som de Ordes e juntaram-se aló pelo 2003. Ainda hoje seguem ativos e rebentam quanta sala se lhe ponha por diante.

Um dos seus clásicos é Vas de Verde, umha mistura entre uma obra de teatro -na intro sae Miguel de Lira fazendo de picoleto– e um verdadeiro hino contra a polícia. No tema em questom estam uns quantos rapazes dando-lhe ao porro quando aparece a autoridade. Depois dun pequeno diálogo, por chamar-lhe dalguma maneira, pois às forças da ordem isso nunca se lhe deu mui bem, o agente pergunta-lhe aos da crew se tenhem algo que dizer. E vaia se tenhem, a sucessom de verbas engenhosas que lançam deixa sem argumentos a instituiçom repressiva, que. como tantas outras vezes responde con perros y lecheras. Melhor que o escuitedes, porque o flow que tem o tema nom se pode explicar só por escrito.

Nom me dava decidido por nengum dos dous temas, polo que hoje vam dous, bem o merecem estes. O segundo intitula-se Estranxeiros e trata-se duma obra a favor da despariçom das fronteiras e do Estado, tomando como leit motiv a situaçom das pessoas migrantes. Novamente, nom sei que poderia dizer eu que nom se entenda melhor coas bases e líricas dos MCs de Ordes. Estes temas já tenhem os seus anos mas por desgraça a cousa nom mudou demasiado…