Uma semana mais, vamos com um bocadinho de rap! Se há alguns artistas deste género que, na minha opiniom, reflitam melhor a idiosincrasia do rural galego, essas som, sem dúvida, Malandrómeda. Claro está que a identidade do rural, como qualquer outra, é diversa, e nom colhe entre os valados das etiquetas. Malandrómeda sabe às festas das nossas vilas e aldeias, que se movem ente o nacional popular e a cultura de massas de outras latitudes; ultimamente leva-se muito o de trazer grandes orquestras, com gigantes camions, que esmagan as árvores e muitas vezes a própria música.

Malandrómeda foi formado por Hevi e Caldeirada, MC e DJ, respetivamente, segundo informa a Wikipedia galega. Hevi, artista incansável, ten ou tinha também outros projetos, como Non Residentz, Fodi e Barbacona, ou Fluzo, este último também o recomendo especialmente. Hevi e os DJs que o acompanham e acompanharon, a través das suas letras e bases, foram capazes de sintetizar a essência rural galego com influências doutros países e tempos.

Pessoalmente, pudem desfrutar do espetáculo oferecido por Hevi e O Master do Son aló polo 2016, quando destroçaram a tarima no Música na Noite, execelente festival de música galega organizado pola Asociación Cultural Lúa Chea que se celebra todos os anos em Calo, Teio. Pois o Hevi nom parou quedo em todo o concerto e nem assim ficou sem voz!

Vaia esta cúmbia malandra que nos conecta com as nossas raizes indianas para dar-lhe ao esqueleto e reflexionar um pouco sobre o colonialismo, o do outro lado do Atlântico e o outro que nom é exatamente o mesmo processo mas que deveríamos pensar ao examinar a nossa relaçom com a nossa Terra.