A atualidade informativa está monopolizada pola epidemia do COVID-19. Além das novas que falam propriamente sobre a epidemia e sobre a situaçom sanitária, todos os temas som analisados desde o mesmo prisma: como os vai afetar a crise sanitária? Como vai danar a epidemia a situaçom econômica? Vai provocar mais exploraçom laboral? Quanta gente se verá afetada por um ERTE? Até que ponto vai comprometer o setor turístico e o ano Jacobeu? Como o surto danará o setor imobiliário e o setor da automaçom? Como e quando se retomará o curso acadêmico? Como manter a forma física durante o confinamento? Que perdas económicas suporá a paralizaçom da liga de futebol profissional? Et cétera.
Lendo as notícias pereceria que a normalidade existente antes da crise sanitária era satisfatória, mas chegou o vírus para estragá-lo todo. Semelha que culpa de todos os problemas é única e exclusivamente do vírus. Mas compre lembrar alguns dados da normalidade prévia à apariçom do vírus:
- Havia presos políticos nas cadeias. Seis deles som presos independentistas galegos.
- Havia de 59.029 pessoas presas só no sistema penitenciário espanhol.
- Na Galiza havia duas violaçons cada semana e no conjunto do estado havia mais de 15.000 agressons sexuais cada ano.
- Havia um 39 % de homens que pagava por foder cumha prostituta.
- Só na Galiza havia por volta de 12 mil pessoas que consumiam cocaína.
- Havia um 30 % de galegas assalariadas que nom alcançava o salário mínimo inter-profissional (SMI): mais de 313 mil pessoas cobrava um salário médio inferior aos 380 euros mensais.
- No Reino de Espanha havia um 26 % da populaçom em risco de pobreza. Se atendermos aos dados da infância, esta cifra chegava ao 29 %.
- Havia 518 mil galeg@s que migraram ao estrangeiro (de 1999 a 2018), entre os que havia mais de 240 mil moços e moças menores de 34 anos.
- Havia mais de milhom e médio de turismos e um parque móvel de mais de 2 milhons de veículos, quase um por habitante.
- Havia arredor de 300 mil casas baleiras, perto dum 20 % do total.
- Nom havia soberania.
E a nível global a humanidade convivia cas seguintes cifras:
- Havia mais de 40 milhons de pessoas submetidas à escravatura. Mais do que em qualquer outro momento da história humana, e segundo a OIT a trata de escravos produzia uns lucros anuais que alcançavam os 150.000 milhons de dólares.
- Havia 821 milhos de famintos no mundo.
- Havia 1.400 milhons de pessoas que sofriam pobreza extrema.
- Havia mais de 2.000 mil milhons de pessoas sem acesso a agua potável.
- Havia 175 milhons de crianças sem aceso à educaçom e mais de 750 milhons de adultos analfabetos.
- Havia 6 milhons de crianças menores de cinco anos de idade que morriam anualmente a causa de enfermidades facilmente curáveis, enfermidades para as que sim existem vacinas e /ou tratamentos eficazes.
- Emitiam-se à atmosfera mais de 37 Gigatoneladas de dióxido de carbono ao ano.
- Havia mais de sete milhons de pessoas que morriam cado ano por causa da contaminaçom atmosférica.
- Havia 5.200 mil espécies animais em perigo de extinçom.
Este era a Galiza e o mundo na normalidade capitalista prévia ao coronavírus.