Por Ruth L. Herrero, Manolo S. Bayona, Noelia Bribián e José Miguel Martín Muñoz. – Gentes de Baladre –
Já aconteceu no 2008, tivemos que lembrar as que chegavam ao que chamavam “crise”, que muitas já estávamos nela quase desde o momento que nos parirom, que nunca conhecéramos outra situaçom e que “BEM-VINDAS”. Naquele momento falávamos do Colapso das nossas vidas e as de muitas, lembrávamos debates e textos de amigas como Ramón Fernández Durán, que ainda nos agasalharia mais letras junto a Luis González e que, agora, temos que voltar com a mesma frase: “BEM-VINDAS AO COLAPSO”.
As nossas vidas venhem do fascismo de viver nas chabolas, em terreios pegados relativamente às cidades que depois se fôrom convertendo en bairros periféricos delas. Com pisos de malíssima qualidade nos materiais e com tendência a colmeias ou choupanas verticais. Muitas tivemos que deixar os povos em família ou sós, nalguns casos para conseguir salários por meio de empregos para os que nom estávamos preparadas na urbe. Outras para sair do rural que se vivia como atrasado e nom desejável. Ata algumhas fomos a Universidades ou Módulos Profissionais de Formaçom que era o sonho das nossas famílias: ascender de classe social, sair de abaijo, ir cara arriba alguns chanços. Para fazer esses estudos em ocasions tínhamos que ir a empregos em economia submergida, sem contratos nem seguros, na construçom os varons e sobre tudo nas casas de quem delegava os cuidados, o que agora chamam “empregadas do fogar”. Já nos setenta, morto na cama o ditador e cos chamados pactos da Moncloa, dérom-nos carnés de pobres para ir a comedores sociais que eram herdeiros dos centros fascistas de Auxílio Social.
A Transiçom, que lhe chamárom
Finalizando os setenta impugérom-nos umha monarquía com a sua Constituiçom. Falavam de desejos do “Pleno emprego” e ata de vivenda para todas (sempre em termos de família), mas eram meras frases baleiras de vontade pois sabiam de sobra que nom o iam fazer. Mas muitas criamos que aquilo se poderia rachar e abrir fendas cara a justiça social e os direitos. Entom simulárom um Golpe de “picoletos e milicos”, aquele 23 de feevreiro, que dava o aviso de “cuidado que volvedes para as choupanas” ou singelamente “esmagamos-vos em vida” ou “pasamos-vos para o censo de fuziladas e assasinadas nas cunetas deste país”.
Assim chegou o imaginário de “pertencer a Europa”. Quanto nos lembramos de La Polla Records e a sua cançom “Europa” baseada no livrinho de Ramón Fernández Durán e outras leituras. Pois sim, da C.E. (Comunidade Europeia) à CEE (Comunidade Económica Europeia). Esse foi o caminhinho nos oitenta, os sociolistos ganham nas urnas e prometem emprego, vivendas, modernidade e vida digna. Mas, como sabemos, rematárom-nos, pois destruírom o pouco que quedava nas nossas aldeias de produçom familiar, pequenas cooperativas agrícolas e gandeiras, redes sociais e comunitárias que socializavam as vidas. Enquanto se desmantelavam as redes rurais e vizinhais, gentes sem escrúpulos como Amancio Ortega o as indústrias do calçado de Alacant, têxtil de Málaga ou Catalunya decidem externalizar as súas producçons em obradoiros (maioritariamente clandestinos) de mulheres. Ja seja no obradoiro ou nas casas, começa a dobre exploraçom das mulheres em maos dos “herois” capitalistas, e patriarcais e colonialistas.
É nessa década dos oitenta quando se desmantelam quase três milhons de empregos que nom regressam. Assim rematou qualquer possibilidade de ter-nos incorporado ao sonho da cidade com emprego, carro utilitário e consumo de fim de semana. Fôrom anos que nos agasalhavam, quase se pode dizer assim, heroína nas nossas vilas e sobre todo nos nossos bairros obreiros e sem futuro. Quanto mais nos opúnhamos aos seus feches de fábricas e às suas políticas para o mundo rural, mais nos convertiam a todas em ginetes de cavalos indesejáveis que nos rachavam e destroçavam as relaçons e as comunidades. Isso sim, as famílias dos nossos bairros e vilas com grandes esforços continuavam mandando as suas criaturas às Universidades e Centros de Formaçom Profissional, seguiam sonhando com o ascenso social.
A muitas de nós só nos quedou ser parte de ASSEMBLEIAS DE PERSOAS DESEMPREGADAS e/ou empobrecidas. Estendeu-se a economia submergida e até outra mais diminuta que as gentes do Parke Alkosa chamárom submarinha, polas quantidades tam pequenas que sacávamos navegando baixo as águas do glorioso reino das “Espanhas”, ja incluídas na Europa do Capital. Nos oitenta, com luitas, umha trás outra sem parar, conseguimos Rendas Mínimas em espécie e em quartos nalgumhas cidades e até no que chamam Comunidades Autónomas. Passamos do carné de pobres/empobrecidas a usuárias dumhas novas oficinas que baptizárom como S.S, nom se trata do nazismo, som os Serviços Sociais. Agora entrevistam-te, revisam a tua vida “de pe a pa”, controlam-te e vigiam-te para dar-che umha merdinha em forma de vales de comida ou a Renda Mínima conquistada também naqueles anos. Em conclussom, a finais dos oitenta e já iniciando-se os noventa seguíamos sem chegar a ser invitadas e poder entrar no festim do consumo e do capitalismo financeiro moderno. Pariram-nos em choupanas e seguíamos numhas choupanas modernas, verticais e desconectadas das nossas aldeias, do rural, afastadas disso que consideravam o submundo indesejável das pailanas e atrasadas que agora tanto se botam em falta.
A eterna ruina da Uniom Europeia
A U.€. chegou após um Tratado, que chamárom de Maastricht, que aclarava que as de abaixo nunca atingiríamos o sonho da ascendência social. Cortando qualquer possibilidade de sair de abaixo e do empobrecimento. Para ata-lo mais e melhor quitárom-lhe autonomia aos Estados. Obrigárom-lhes a nom endividar-se, a privatizar os serviços públicos começando pola telefonia, a comunicaçom… Até privatizar A VIDA asegurárom-se que tudos os recursos públicos e de todas as que éramos e vinheram foram para as gentes ricas/enriqueçidas e para as de baixo propugérom o crédito, isso sim, com quotas bem definidas e muitos interesses.
Assim é como os noventa consolidárom o nosso empobrecimento, mas tudo foi mais duro pois víamos como muitas trabalhadoras com empregos mudavam de carro e ata pediam créditos para fazer umha casinha na aldeia ou melhorar a familiar que deixaram atrás. Muitas mulheres conhecérom ainda maior exploraçom com duas jornadas laborais fora e dentro das casas, sustendo o emocional de todas as do seu entorno. As cidades fôrom-se convertendo ainda mais em METRÓPOLES. Vendia-se a viagem com pulseira de “todo incluído” para muitíssimas empregadas rematando essa década. As grandes cadeias de distribuiçom rachavam, definitivamente, o mercado local e as tendas de proximidade, um pouquechinho mais, dando-lhes o “finiquito” a muitíssimas.
E nós vemos como filhas e vizinhas dos nossos bairros que forom a universidades marcham deles para estar no centro da festa, na cerna das cidades, os seus espaços de ser. Já nem se acordam das aldeias das suas avós, de onde procedem, nem da comunidade vizinhal do seu bairro, ou a tenda ou o Videoclube do povo. Agora sonham, essas filhas universitárias, com o novo século e o seu ouro que aparece deslumbrante e luminoso. Eram momentos de muito tijolo e muito crédito. Enquanto quase um terço da populaçom seguíamos nesses bairros sem expectativas de vida digna como usuárias desses Serviços Sociais, mal chamados comunitários. Até vimos como chegavam as EULEN, CLECE e outras muitas grandes empresas a gerirem a nossa pobreza/empobrecimento. A novidade é que, neste século nos nossos bairros ja nos acompanhavam empobrecidas doutros países e continentes com as suas visons da vida, as suas culturas, os seus medos e sofrimentos e por suposto os seus sonhos de poder-lhes mandar euros às suas famílias que ficárom ali, nos seus países de origem. Surpreendia-nos nos nossos bairros já sem associacionismo e com muitas substâncias de má qualidade consumindo as nossas vidas, fechadas, bem acoutadas no território. Demo-nos conta que de novo eram as mulheres migrantes, as nossas novas vizinhas, as que mantinham a vida, íam aos S.S., ao chamado Banco de Alimentos, à paróquia ou à mesquita. O novo deste século nos nossos bairros, é o grande deterioro das choupanas verticais, a frustraçom por seguir nesse território de NOM vida, numha espécie de papeleira social. Nós nunca pudemos aceder a créditos de primeira ou segunda vivenda, seguimos onde nos parírom abaixo de tudo, pero éramos muitas mais, con mais colorido de peles e línguas, com tons que nos enriqueciam em diversidade, mas com quem nom fomos capazes de gerar comunidade em algo claro e evidente: TODAS SOMOS DAS DE ABAIXO, das NINGUÉM
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No entanto, o tijolo gerava pisos em zonas de sol e praia e esmagava países coma Canarias, que ja vinha de desfeitas turisticas anteriores, convertendo o turismo no monocultivo de muitos lugares. Trabalhou-se ainda melhor o sonho da ascedência social. Amostravam-se-nos avions e aeroportos cheios de assalariadas viajando polo mundo já fosse em modelo “pulseirinha” de todo incluído, no de 15 dias de hotel com praia próxima ou indo de compras um fim de semana a essas grandes metrópoles do mundo. A DESIGUALDADE INCREMENTOU-SE. Consolidou-se a ideia de toda a riqueça para o privado, para as grandes empresas masrca, as grandotas. Polo ceio dos nossos bairros viamos passar avions e nos televisores amostravam-nos como viviam “de bem”, as que bem viviam. Cada três por quatro, ensinavam as metrópoles a as suas luzes. Seguíam repetitivamente dizendo-nos que o rural era como muito um armacém das cidades e que deviam converter-se em lugares para o descanso. Nessas casas rurais que ensinariam a quem fosse o que é a natureza, até com animais incluídos. É o campo como descanso pontual e consumo de urbanitas.
A nós só nos quedava a luita. Seguir pelejando por desmontar “os Serviços Sociais”, por conseguir a Renda Básica das Iguais, por gerar relaçons, impulsar a comunidade, pôr em valor o comunitário e o comum. Éramos poucas as que apostávamos por isso, pero faziámo-lo convencidas da importáncia de pôr “os corpos” no processo de consegui-lo. Sempre mirando para a gram aliança com as produtoras de alimentos, de verdadeiros nutrientes como nos ensinou a dizer Isa Álvarez. Isso sim, rodeadas de dor humana, de mulheres esmagadas nessas choupanas verticáis por duplas e tripas exploraçons, sem saber onde mirar para nom ser asassinadas polas suas parelhas. Polo menos agora saíam à luz esses assassinatos, que sempre conhecemos nas choupanas dos setenta, os oitenta e noventa. Rachavam os muros das choupanas verticais ao ver-se afetadas “as outras mulheres”, que se uniam a nós para berrar com dor: Nem umha MAIS nem umha MENOS.
Chamarom-lhe crise ò colapso
No 2008 chegou ao final a borbulha do tijolo e do crédito. De repente, a possibilidade dumha vida hipotecada para as férias anuais em destinos “exotizados”, a fim de semana de consumo nocturno, o piso, o carro e o desejo de ascenso social, esvaeu-se diante dos nossos olhos à vez que caiam as lógicas do emprego e a sua falsa comodidade. Os quartos públicos pugérom-se ao serviço do resgate da banca, dos mais ricos, deixando cair às caixas de aforro onde a maioria empobrecida da populaçom depositara os seus poucos recursos. Os de arriba falavam de refundar o capitalismo e as de abaixo tardamos uns anos em tomar as praças. Foi no 2011, cinco dias depois de marchar-nos Ramón Fernández Durán, quando decidimos sair às ruas de jeito rotundo. O 15 de maio, abriu muitas cabeças para reconsiderar atitudes, a repensar um pouco mais o sentido da vida. Nós lembramos nas praças das cidades, que estávamos ali, que seguíamos nos bairros de NOM vida, que as aldeias das que provínhamos estavam sendo espoliados… que tínhamos que centrar os nossos esforços em gerar AGRICULTURA SUSTENTANDA POLA COMUNIDADE, em aliar-nos as exluidas dos nossos bairros com as que produzem alimentos sans e de proximidade, com qualidade humana e nutrientes, pensar em mil projetos coma VERDETERRA E ASDECOBA. Á vez de usar os nossos próprios meios de comunicaçom, pequeninhos mas imprencindíveis como RADIO PIMIENTA, para dar vozes e pôr altifalantes, som as nossas luitas, diga-se vida.
Daquelas praças, ficárom bastantes na luita por melhorar a vida de todas, nunca davondo, mas é de agradecer essa soma, esse cambio de atitudes.
Pouco a pouco, as de arriba, as grandes empresas estavam forjando novas dependências e enganches. Já nom era a heroina nem a coca, que também. Agora todos os enganches e dependências canalizava-nos por um aparato útil com possibilidades, mas diabólico, o telemóvel ou mais bem o telefone que dizem inteligente. Unido a isto consolidou-se o espaço privado para ver filmes mediante plataformas de pago e até compras “online” e potenciou-se o serviço por mensajaria a distáncia. Ante a possibilidade de relaçon vendérom-nos celas, com todo incluído, desde a casa. E as de abaixo, nós com esses “aparelhos diabólicos” vemos que muitas ao nosso redor mercárom desejo e seguírom, seguem sonhando com a ascendência social. Algumhas pugemos o acento em direitos sociais para todas, através dos Pontos de Informaçom e Denúncia procuramos dar espaços para canalizar a raiva, o ódio, a fustraçom e pode golpear os Serviços Sociais e outras instituiçons que nos oprimem e esmagam. Isso sim, vimos que, nestes cinquenta anos de choupanas de todo tipo, de vidas rotas, desde abaixo, de bairros de NOM vida… sempre apostamos a estar e atuar com outras. Soubemos daquela e agora que SÓS A NENGURES, JUNTAS PODE QUE A ALGURES.
Veu a pandémia e ja se asume o colapso.
Tivo que vir umha pandémia para que muitas assumam que nada vai ser coma antes, que em realidade estavam subidas mais a um desejo que a umha possibilidade real.
Agora sim, permite-se nomear e mencionar o COLAPSO em que nos parírom décadas atrás e se foi incrementando ano trás ano, sem parar, sem respiro, com cabalo, com Serviços Sociais, com créditos, com bancos de alimentos… e agora com todo numha aporta somatória da gente rica/enriquecida e as suas instituiçons. Nunca é tarde para reagir. Já estám onde muitas estávamos. Isso sim, com as mulheres mais organizadas e com ideias claras de rachar o patriarcado e nom permitir nem umha morte mais. Com mais grupos pequenos, mas mui ativas exigindo a primeira fase das RBI´s já!!! Com muitas mais defendendo que todos, mas todos os SERVIÇOS BÁSICOS, sejam públicos e geridos pola comunidade.
BEM-VINDAS companheiras de luita e vida. Sendo mais poderemos gerar mais Asdecobas e Verdeterra, mais Radios Pimientas, mais Grupos de Apoio Mútuo. Sendo mais poderemos chegar à algum lugar, a situarmo-nos com a RBIs no território doutra maneira, a pór realmente no centro A VIDA, a sair do terrorismo patriarcal e de qualquer sociedade colonial.
Sinceramente amigas, nom volvamos desejar o anterior: o colapso chegou para ficar. Saibamos ver nesta situaçom e nas futuras oportunidades para suster e gerar essas comunidades tam ansiadas que, como dí Raúl Zibechi e outra muitas, nos sirvam de arca para manter as nossas vidas e as das que venhem. Mas cumpre nom esquecer as nossa histórias, nunca saímos das choupanas, sempre estivemos nelas ainda com formas diferentes. Já foi, agora estamos tantas nestas situaçons que pode que nos ajude a abrir as fendas que permitam sair as arcas.
Para ir rematando com estas letras de Bem-vindas ao Colapso, queremos salientar a importância de enunciar as cousas, as propostas, a realidade… Por essa razom seguimos insistindo nos últimos vinte anos em que nomeávamos a Renda Básica das Iguais e nom outras, polo seu conteúdo, por ser umha ferramenta que afiamos e polimos nas ruas e praças desde que em 1983 expugemos aquela proposta do Ingreso Mínimo Social Universal ou Renda Básica. Nos oitenta fazíamo-lo convencidas da “nom volta atrás” no capitalismo das reconversons e o desemprego. Conscientes de que estávamos propondo o justo, necessário e urgente, essa luita e a proposta em si mesma, nom nascía de cabeças especiais, nascia de milheiros de corpos tensos e em movimento. Buscando abrir fendas à vida naquele incipiente colapso. Foi fruto de anos de procuras coletivas. Já nos noventa do século passado festejamos com outras baladrinas que nos achegavam resenhas e texto, desde José Iglesias a Josep Manel Busqueta, Óscar Jurado, Alicia Alonso, Natalia Ruíz… Elas achegárom os seus corpos e reflexons enquanto todas seguimos nas ruas e praças tensionando, buscando fendas onde meter com esta ferramenta umhas melhores condiçons para viver. Já foi iniciando este século, quando com a ajuda de Trini Busqueta, José Iglesias, Guaditoca, Doni, Salut… e tantissimas pessoas e gentes de Baladre amostramos aquela feramenta inicial de 1983, apostando por umha Renda Básica das Iguais que incorpora processos para chegar à Riqueza Comunal. Parir as RBI´s foi um processo coletivo lógico de tantas luitas das gentes de Baladre, para aclarar ainda mais que umha ferramenta nunca pode ser um fim em si mesma. Que para manter a vida no centro neste Colapso que se instalou desde há tanto, é vital redistribuir os recursos existentes para todas por igual e individualmente, sem contraprestaçons, só por ser e estar vivas. E o mais importante, incorporar o Fundo de Renda Básica das Iguais, já que inclui essa aposta pola comunidade, o comunitário e o comum, por rachar a delagaçom e o submetimento a ninguém e a nada. Porque se ninguém vive por ti, que ninguém decida por ti.
E por ir rematando esta breve explicaçom da importância da ferramenta das RBI´s, cumpre dizer, companheiras chegadas ao colapso, que esta ferramenta como outras muitas é para nós, gente de abaixo, e às que agora quedam abaixo também. Com o fim de que nos leve à Riqueza Comunal que enunciamos tantas vezes como lugar no que nom tenhamos que mediar com quartos ou similares, para que as pessoas todas, sem deixar fora a ninguém, disponhamos de bens e serviços segundo as nossas necessidade e nom as nossas habilidades. No que seria a livre disposiçom dos mesmos. Nom é questom para nós dum debate de salom sobre o nome das Rbis, é amostrar um posicionamento e conteúdos que fam desta umha ferramenta mais, para poder realmente colocar a vida no centro e sair do terrorismo capitalista, patriarcal e colonial, ainda que sigamos colapsadas. Estaríamos noutro lugar, noutras condiçons, e isso nom é negociável, é urgente e necessário.
Nom perdamos mais o tempo. A pola Renda Básica das Iguais, gerando agricultura sustentada pola comunidade, desde a centralidade da vida, pero a de todas. Resituando-nos nos terrítório, rompendo a metrópole, simplificando as nossas vidas, fazendo-nos austeras, sem que nengumha pessoa e sobre todo nengumha mulher fique no caminho, abrindo fronteiras e apagando linhas. Lembrando que aqui nom sobra ninguém, que todas somamos.