Mais dum cento de pessoas de ámbitos muito distintos da sociedade galega, unidos pola sua sensibilidade nacional e a defesa de direitos e liberdades, venhem de publicar na rede um manifesto com o título “1846 é para sempre. Abril sempre”. Jornalistas, trabalhadoras de diversa condiçom, militantes independentistas, feministas, activistas culturais e criadoras assinam o documento, cujas adesons medram a ritmo rápido. As consequências políticas do Estado de Alarme, e designadamente o ataque à realidade galega desenhado polo espanholismo do governo de Madrid, motivam a sua preocupaçom.
Agora que entramos numha desescalada desenhada com critérios alheios a um país, o nosso, ordenado naturalmente em comarcas e com um extenso mundo rural, as promotoras e promotores afirmam que o critério provincial de organizaçom é “umha medida rídícula, alheia à nossa idiossincrasia e organizaçom territorial, rançosa em tanto nos retrotrai aos tempos da Ditadura franquista e, portanto, ineficaz na luita contra a pandemia.” Porém, por trás do aparente ridículo da medida poderia achar-se a intençom de “esvaziar o sistema autonómico”, o que iria supor mais umha míngua no cativo auto-governo galego.
Lembrança de Abril
O manifesto esclarece que nenhuma resposta pode esperar-se dumha Junta “sequestrada polo PP”, polo que chama a sociedade civil a estar alerta e exercer medidas de força ante previsíveis regressons. Para isso, o texto vindica o fio histórico que nos une com os rebeldes galegos de 1846: “Neste momento, precisamos que a nossa indignaçom pessoal ou coletiva pete em riba da mesa co espírito libertário, irmandinho e insurgente dum Antolín Faraldo que, noutro Abril esperançado, confrontou o oprobioso “provincianismo” centralista chamando à unidade galega, em especial “a essa classe singela que trabalha, a esse povo oprimido”
O documento remata vincando na necessidade de “unidade galega” no ronsel das propostas de Faraldo, polo que fai um apelo ao nacionalismo e o independentismo para estar atentos a qualquer curte de liberdades que se avizinhar, deixando de parte as habituais liortas: “em definitivo, pretendemos que a nossa indignaçom se transforme num rejo chamamento aos partidos soberanistas e a toda a sociedade civil organizada, para que, desbotando inúteis divisons e retesias, enfrentem sem trégua qualquer tentativa de involuçom política ou territorial.”
Podes ler o manifesto na íntegra aqui, e assinar se o considerares oportuno.