A dia de hoje, no Estado Espanhol, estamos a viver umha das épocas com mais incertidume que se recordam provocada pola inacçom por parte dos governos europeuss por umha minusvalorizaçom do COD-VID-19. Estám a evidenciar-lhe à esfera pública as grandes contradicçons do capitalismo, e os recortes nos serviços públicos.
O passado 13 de Março, as estudantes galegas, soubemos por umha conferência de imprensa urgente do presidente da Junta de Galiza , Alberto Núnhez Feijóo, que se suspenderiam as aulas com o objetivo de garantir a segurança do estudantado perante a crise sanitária.
Este estado persistirá, polo menos outros 15 dias, paralisando o curso 1 més mínimo, o que lhe afectará drasticamente ao calendário escolar e polo tanto ao método de avaliar em todos os níveis educativos, desde primária , ate à universidade.
Perante esta situaçom de incerteza, as organizaçons estudantis, começárom a analisar minuciosamente as problemáticas que implicava a suspensom das mesmas e as alternativas que plantejava o governo autonómico de Feijóo , em que a maioria de alternativas, vinham marcadas desde Madrid, polo Ministério de Educaçom, e nem muito menos estavam pensadas para o nosso país.
A decisom principal que se tomou foi que as aulas se dessem de forma telemática com o objetivo de chegar aos objetivos plantejados polo professorado, e tratar de restruturar o menos possível a matéria. Esta medida como poderemos observar num estudo elaborado pola ONG, SAVE THE CHILDREN, indica-nos que as famílias que ingressavam menos de 900 euros, um 42% nom tinha ordenador na casa e o 22 % nom tinha acessibilidade a internet. Porém, a Galiza ainda tem umha característica distintiva de muitos territórios que é a dispersom nas aldeias e as infraestruturas atrasadas, o que nom lhes permite a muitas estudantes que vivem em núcleos rurais levar as aulas com umha certa normalidade, pola falta de conectividade.
Depois de muitas queixas houvo umha série de avanços estes dias, a Junta de Galiza anunciou a compra de dispositivos, para facilitar-lhes às pessoas sem recursos o acesso às aulas telemáticas. As estudantes terám-se que pôr em contacto com o centro para fazer-lhe chegar os dispositivos, mas isto nom soluciona as problemáticas de quem vive em núcleos rurais e segue sem chegar-lhes umha resposta.
Ontem comunicou-nos a Conlharia de Educaçom a seguinte informaçom, para tratar de esclarecer o futuro do estudantado de ensino meio:
“Os centros educativos procederiam a formalizar o feche da avaliaçom do segundo trimestre antes do 3 de Abril.
A avaliaçom do segundo trimeste fará-se com o trabalho desenvolvido antes da declaraçom do estado de alarma
Nom serám avaliáveis as atividades relacionadas com os conteúdos curriculares realizadas polo estudantado com pesterioridade a essa data
Desde a organizaçom estudantil Erguer Estudantes da Galiza, concluíamos o seguinte:
“São muitas as dúvidas que estamos recebendo estes dias respeito a 2ª avaliação. O Ministério de Educação e a Conselharia acordárom que se figesse co trabalho feito antes da declaração do estado de alarma. Pelo tanto, o trabalho posterior não é avaliável.
Ademais,
desde Erguer queremos denunciar as dificuldades que leva consigo esta
decisão de manter a 2ª avaliação, que tenta aparentar normalidade
numa situação de total excepcionalidade.
Consideramos que o
justo seria fazer as modificações oportunas no sistema de avaliação
e que fosse ao final de curso quando se nos avaliasse com todas as
garantias. Uma vez resolto o confinamento e os numerosos problemas e
dificuldades que provoca esta situação na nossa educação: falta
de recursos, desinformação, impossibilidade de aceso á formação
a distância, etc.”
As estudantes máis aldrajadas no ensino meio por esta situaçom, som as que este ano teriam que cursar a prova ABAU de acesso à universidade, onde a situaçom é dumha incerteza total, onde grande parte das aulas nom se estám dando, há um caos absoluto à hora de adaptar o temário ao estado excepcional que estamos vivendo e vem em perigo que podam fazer a prova em Julho.
Como podemos observar o principal problema com o que se encontra o estudantado galego, é a pouca planificaçom, previsom e as alternativas planejadas em Madrid, que nom se adaptam às condiçons do nosso país. Esta pouca previsom implica, que cada poucos dias as universidades improvisem resoluçons, que possivelmente se o estado de alarma se adie 15 dias mais , estas sejam totalmente caducas e haja que propor outras alternativa.
Isto ocasiona que o professorado, pola falta de indicaçons, nom poda reorganiçar a sua matéria e os métodos de avaliaçom, e portanto o alumnado siga vivendo numha situaçom de total incerteza.
Pedimos-lhe à comunidade educativa umha restruturaçom do calendário, fazendo umha previsom dos diferentes cenários onde nos podíamos atopar, e que se apresentem umha série de alternativas dependendo de cada cenário.
Depois deste breve apêndice no que analisamos algumha das problemáticas, aprensentamos as reivindicaçons de ERGUER depois desta situaçom de excepcionalidade, com o objetivo de que as maiores aldrajadas neste estado, nom sejamos as estudantes.
Informaçom sobre calendario e a actividade académica
Umha das nossas maiores preocupaçons estes días é saber que vai acontecer com o calendario académico. Malia que de momento nom se formulou nengumha modificaçom deste, entendemos que isto pode ocorrer dependendo do que se alongue o período de confinamento. Neste sentido exigimos que as decisons que se tomem ao respeito nom prejudiquem o estudantado galego e que se nos informe em todo momento com claridade.
Ademais entendemos que, atendendo em todo momento à evoluçom da crise e ás diferentes medidas que se levem a cabo no âmbito educativo, devem realizar-se as modificaçons precisas tanto na reestruturaçom de conteúdos como no sistema de avaliaçom.
Tamém demandamos que se fagam as modificacións oportunas no que respeita aos prazos de admisom nos diferentes níveis educativos, para que nengumha estudante fique atrás a causa desta situaçom (acesso a ciclos, graus e mestrados).
Adaptaçom e melhora da docência telemática
A respeito das aulas telemáticas formuladas como alternativa às aulas presenciais também levam consigo diversos problemas. Em primeiro lugar, consideramos indispensável que os centros educativos forneçam maior informaçom ao alunado respeito à planificaçom de horários, calendário e modificaçons que poda haver derivadas da situaçom atual.
Aliás, a docência telemática deve-se aplicar de jeito que se garanta o acesso a todo o alunado. Somos muitas as estudantes galegas que nom contamos com os recursos suficientes ou carecemos dumha conexom a Internet estáveis. Poir isso pedimos que se habilitem wi-fi públicas ou ajudas que assegurem a conexom do alunado.
também cremos necessario que as distintas plataformas habilitadas para a docência telématica facilitem o trabalho asíncrono com video-liçons gravadas, materiais didáticos descargáveis, tarefas … Pois nom todo o alunado tem opçom de conectar-se de forma síncrona (por conciliaçom, problemas de conexom, etc.). No caso de manter aulas por videoconferência também pedimos que na medida do possível se respeitem os horários estabelecidos, para evitar o engarrafamento de matérias, nom sendo que entre o alunado e o professorado se acorde um câmbio no horário.
Agradecemos-lhe enormemente ao professorado e às instituiçons educativas o labor que estám levando a cabo para garantir a nossa docência. Porém, também existem matérias das que ainda nom recebemos informaçom ou que nos solicitam trabalhos que nom podemos levar a cabo durante este período por nom termos acesso a fontes bibliográficas. Por isso pedimos maior comunicaçom e comprensom por parte do professorado, que deve entender que o nosso rendimento académico nom é o mesmo nestas circunstancias excecionais e que estar na casa nom implica que estejamos em disposiçom de afrontar unha carga de trabalho desproporcionada.
Certeza
ao respecto do calendario e modificacións oportunas nas probas de
ABAU
Conhecer o novo calendário estabelecido para a realizaçom das provas (entre o 22 de Junho e o 10 de Julho) só aclara em parte a preocupaçom e presom à que se vem submetidas estes dias as estudantes de 2º de bacharelato. Por isso demandamos que se fixe canto antes a data das provas na Galiza assim como uns critérios claros e justos ao respeito do modelo de exame e os contidos das provas.
Entendemos que nesta situaçom unha reduçom sem mais do temário nom seria equitativa, polo que se deve estabelecer um modelo de exame que garanta que o alunado seja examinado dos contidos vistos na auls. Neste sentido pedimos unha maior opcionabilidade no modelo de exame, com contidos diferenciados segundo a opçom que se complementen. Assim, o alunado que se examine terá garantido escolher unha opçom que nom o prejudique.
Bolsas e ajudas que permitam ao estudantado fazer fronte aos efeitos da crise sanitária
Consideramos indispensável que se habilitem ajudas para que o estudantado podamos fazer-lhe frente aos efeitos da crise e o confinamento e continuar os nossos estudos. Agora mesmo sofremos a falta de recursos, dificuldades de conexom (nomeadamente no rural) para seguir a docência telemática… Algumhas perdemos o nosso traballo ou mesmo estamos pagando o aluguer dum piso baleiro e é possível que tenhamos que prolongar a estadia no lugar onde estudamos se o curso académico se modifica. Também precisaríamos destas ajudas se a imposibilidade de fazer as práticas agora nos leva a fazê-las durante o verao (com os consequentes gastos de deslocamento, vivenda etc.). Ademais, é preciso que estas ajudas estejam adaptadas à realidade galega.
Medidas precisas que garantam a realizaçom das práticas e a obtençom do título de FP
Entendemos que é necessario que se desenvolvam mais amplamente as medidas adoptadas para garantir que o alunado de FP poda finalizar o curso académico e obter o seu título, assim como que se nos informe destas claramente. Agora mesmo somos moitas as estudantes que vivemos com incerteza esta situaçom e que nom sabemos como imos poder fazer as nossas práticas. Demandamos que se trabalhe baixo uns critérios claros e que nom prejudiquem o estudantado.
Abano de propostas que facilitem a realizaçom das práticas ao alunado universitário
Quando se fala de continuar com o curso académico com normalidade isto supom diversos problemas e dificuldades específicas para a realizaçom das práticas. Entendemos que propostas como a sua convalidaçom também pode penalizar o alunando e que unha soluçom única nom é a mais ajeitada, senom que se deve formular um abano de possibilidades que se adaptem ás diversas situaçons das estudantes. Entre elas a suspensom das práticas que nom sejam obrigatórias e a modificaçom da matrícula, a possibilidade de realizá-las no verao ou avaliar as práticas a partir da memória elaborada segundo o tempo cursado.
Modificaçons no prazo de apresentaçom de TFG e TFM
Neste momentos afrontamos dificuldades de acesso a bibliografia, na realizaçom de ensaios ou trabalho de campo ou mesmo a impossibilidade de finalizar as práticas externas. As estudantes nesta situaçom demandamos mais informaçom e unha adaptaçom dos prazos de apresentaçom e defensa de TFG e TFM. Consideramos necessario formular unha soluçom que ofereza distintas possibilidades que se adaptem ás diversas situaçons nas que se encontrem as estudantes, para que estas podam optar polas que menos condicionem a sua actividade académica. Ademais pedimos a possibilidade de presentar os TFM e FFG sem ter superado o período de práticas.
Entendemos que é fundamental que se escuite a nossa voz e a dos demais agentes implicados no âmbito educativo (professorado, familias etc) para formular as soluçons precisas ante a crise que atravessamos.
Por isso apresentamos a nossa campanha estes dias A VOSSA PANDÉMIA A NOSSA UNIOM, em que analisamos que esta pandemia nom é mais que a causa dum sistema económico depredador da natureza, motor da globalizaçom e onde se prioriza a economia sobre o ser humanos.. (http://erguer.gal/pt/a-vossa-pandemia-a-nossa-uniao/)
Tem que existir um antes e um depois desta crise em que as que a paguem nom sejamos as de sempre, as mais vulneráveis, senom a oligarquia ,no nosso caso, a burguesia espanhola e europeia.
Para nom sermos as aldrajadas outra vez nesta crise, devemos unir-nos com o fim de mudar as condiçons existentes a dia de hoje, para que através da nossa uniom, sejamos a sua pandemia.
O nosso objetivo é o de conquistar um mundo mais justo, em que o motor das decisons se concentre na classe trabalhadora e nom se priorize os lucros das grandes empresas por riba do ser humano.
Qualquer problema, dúvida ou sugestom que tiverdes procuraremos dar-lhe soluçom ou transladá-la aos organismos oportunos. Neste sentido, ademais do contacto a través das nossas redes sociais, habilitamos também o seguinte formulário para que nos expliquedes quais som os vossos problemas: https://forms.gle/ebswyrV7AHdHVxxP7