Que no Estado Espanhol se persegue a solidariedade coas pessoas presas é umha realidade que se materializa em diversas operaçons policiais por todo o Estado. Na Galiza, esta repressom, bateu nos coletivos anti-repressivos e anti-punitivistas de diversas maneiras nos últimos anos, que vam desde as sançons administrativas, a petiçons fiscais de 12 anos de cadeia.
Umha das atividades mais emblemáticas da luita contra as cadeias no nosso país é, sem lugar a dúbidas, a Marcha a Teixeiro, que neste 2020 fazia a súa XX ediçom desde que se começou a contabilizar. No ano 2019 cinco pessoas eram imputadas com petiçons de prisom e elevadas sançons económicas por participarem da Marcha do ano 2013, a día de hoje estam à espera de juízo.
O nascimento da Marcha
A Marcha a Teixeiro nasce há arredor de vinte e cinco anos numhas juntanças entre vários coletivos como Ovelha Negra da Corunha, PreSOS Galiza, Cruz Negra Anarquista (coletivo anarquista anti-carcerário de Compostela), Fende na Laxe, o Comité Anti-Sida, as Mais Contra a Droga… Havia também pessoas a título individual e mesmo algumha pertencente ao clero, preocupada pola situaçom que se vivia dentro das prisons.
As primeiras marchas iam enfocadas “a dar luz às reivindicaçons das pessoas presas, que evidentemente nom as escuitaba ninguém”, comenta Amaló, ativista anti-punitivista e umha das pessoas que organiza a Marcha desde os seus começos: “ pensávamos que assim como as presas políticas tenhem os seus grupos afins e de solidariedade, as presas e presos sociais nom”, por este motivos entre outros começam a juntar forças entre diversos Coletivos Anti-punitivistas e a denunciar de muitas maneiras as queixas, problemas e vulneraçons que lhes faziam chegar desde dentro as pessoas presas.
Ontem e hoje resistência
Ao longo destes vinte e cinco anos de Marcha a Teixeiro, para as pessoas que continuam convocando-a e trabalhando na luita anti-punitivista desde aqueles anos à atualidade, nom vem que as cousas mudaram muito, e mesmo nalgumhas questons fixerom-no para pior: “agora as cadeias estam construidas em terra de ninguém. Pretendem afastar a gente que o sistema considera que nom é aceitável e afastá-la da civilizaçom, de núcleos povoados e das suas próprias familias”, ademais que “para a maioria das famílias nom é doado achegar-se às prisons. Há que ter em conta que a maior parte das pessoas presas som pobres, filhas de gente pobre, e nom todo o mundo pode permitir-se pois se vive em Lugo poder ir a comunicar co seu familiar a Teixeiro ou a Lama”, destaca Amaló.
A prisom de Teixeiro foi denunciada publicamente por numerosos coletivos em diversas ocasions por supostos casos de maus tratos e torturas. Também por mortes baixo custodia que nom chegárom a aclarar-se, como o caso de Pedro Escudero, que faleceu no módulo de isolamento dessa prisom no pasado mês de maio do ano 2019 quando vinha declarar a um juizo em qualidade de testemunha e como prejudicado, com motivo de duas denuncias que ele mesmo tinha interposto contra um grupo de funcionários desta cadeia, devido a uns maus tratos que dizia ter sofrido em novembro de 2018. O de Pedro nom é um caso isolado, segundo o Coletivo Osabideak (Asociaçom vasca de Profesionais da Medicinha e juristas em Defesa das Pessoas Privadas de Liberdade) nas prisons do Estado falecem três pessoas à semana, sem que ninguém asuma responsabilidades de ningum tipo: “nós, pola nossa ideologia, somos anti-punitivistas. Cremos que há outro jeito de fazer as cousas, e em todo caso consideramos que a privaçom de liberdade é castigo mais que suficiente para a gente” pontoaliza Amaló.
Repressom à solidariedade
Durante todos estes anos de marcha a Teixeiro sempre se deixou sentir a repressom de algumha ou outra maneira, identificaçons, sançons administrativas individuais, sançons de tráfico por terem os carros “mal aparcados” e até rodas rachadas. “Um ano”, lembra Amaló, “coincidiu que nos deu o meio-dia e faziam o cambio de turma os carcereiros. Nós deixáramos os carros aparcados na estrada nacional em fronte da gasolineira. Quando saírom os carcereiros berramos-lhes um pouco, e quando voltamos aos carros tivemos que chamar vinte guindastres porque nos ra racharam todas as rodas dos vinte carros que havia aparcadas ali”.
Na décimo terceira Marcha, tras uns leves forcexeos entre pessoas asistentes e um grupo de Guardias Civiles, imputarom a cinco pessoas baixo a acusaçom de atentado contra a autoridade. Três petiçons de cadeia, umha delas de três anos (por ser esta a pessoa convocante) e outras duas de 16 e 18 meses, e multas de perto de 3000 euros para cada um/a. As outras duas imputadas tenhem também petiçons económicas, “esta é umha luita que parece que imos de derrota em derrota, mas bom é umha luita sem fim! Já estamos vendo que na cadeia podemos rematar qualquer e simplesmente por umha questom de pensamento” e engade “ imos seguir aquí, a nós vale-nos de muito que a gente de dentro saiba que hai gente fora que se lembra delas”.
Da décimo terceira marcha em diante nom houvo mais identificaçons nem sançons de nengum tipo.
Solidariedade coas encausadas
Desde o mês de janeiro venhem levando-se adiante diferentes iniciativas solidarias coas encausadas, maioritariamente recadatórias para fazer-lhe fronte às sançons económicas.
Dentro destas atividades, este próximo sábado 14 às 21:30h, na sala Kominsky (Rua dos Irmandinhos número 3) em Vigo, haverá um concerto em apoio “às companheiras represaliadas na luita anti-carceraria” coa atuaçom dos grupos Cona, Loaira e Lamprea. O preço da entrada som 4 euros.