Esta terça-feira 28 de Janeiro, na Livraría Couceiro em Santiago de Compostela, anunciava-se a criaçom dumha Plataforma pola Universidade Pública que tem como objetivo defender os direitos fundamentais das estudantes e das classes populares, garantir um ensino digno, público e de nosso, em rejeitamento das políticas neoliberais do governo da Junta de Galiza e de Nunhez Feixóo, e em rejeitamento das políticas privatizadoras do mesmo que tratarám de formalizar nas próximas semanas a primeira Universidade Privada na Galiza em maos do grupo financieiro ABANCA.

Esta resposta nom é máis que umha resposta coletiva por parte dos agentes sociais, a umha ofensiva contra os direitos da classe trabalhadora galega, que presencia como nas últimas décadas se ameaçam os direitos fundamentais que conseguira mediante a luita coletiva e a mobilizaçom.

A formalizaçom desta nova Universidade Privada é um novo ataque por parte do neoliberalismo por deteriorar os serviços públicos e introduzir como alternativa o ensino privado, isto o que ocasionará será umha maior diferença entre as classes populares e quem poida assumir o gasto no ensino privado.

Vemos como nas últimas décadas as universidades galegas estám numha situaçom deplorável, incluso alguns graus nem disponhem de espaços habilitados para poder desenvolver a sua formaçom, como é o caso paradigmático de Farmácia , que levam mais de 6 anos sem Faculdade própria , devido a que nom há fundos para poder habilitar-lhes um novo espaço.

Este desleixo por parte da Junta de Galiza, tem umha intencionalidade, e é apresentar o ensino público como insustentável para poder introduzir o ensino privado na Galiza .

Como bem indica o manifesto da plataforma pola universidade pública que polo de agora conforman, CIG,CCOO,UGT, ANEGA,AU e Erguer , a decisom de mercantilizar um bem universal de repercussom social como é a educaçom pública é umha manifestaçom contra a igualdade de oportunidades, porque aceitar umha universidade privada é aceitar a venda de títulos universitários atendendo à capacidade económica e nom aos méritos e capacidades de cada umha das estudantes.

A soluçom passa por garantir serviços públicos de qualidade, e a única forma é a de achegar fundos para poder desenvolver os mesmos, que a dia de hoje se encontram infraorçamentados, pola nossa falta de soberanía para poder exercer o nosso autogoverno, pola falta dumha lei galega de educaçom galega que atenda às problemáticas concretas das estudantes e polos ataques do neoliberalismo.

A criaçom desta universidade privada suporá aliás que as universidades públicas, que já tenhem dificuldades pola baixada do alunado nos últimos anos, vejam incrementado o problema, já que a maquinaria propagandística nom duvidará em mentir sobre os benefícios laborais do alunado que curse os ensinos na universidade privada.

No lugar de atender as solicitudes para a explotraçom como bens de consumo de intangíveis que nom deveria estar sujeito ao preço ou custo de mercado, a Xunta deveria segurar às universidades um plano de financiamento digno e razoável, aspirando a taxas de investimento acordes com países desenvolvidos e que permitam às universidades cumprir a sua misom com mínimas garantias e sem a precariedade que vivemos as estudantes nas mesmas no nosso dia a dia.

O direito à educaçom pública universal supom um piar imprescindível para construir umha sociedade democrática. Sem uns serviços públicos para todas nom é possivel caminhar cara a construçom dumha sociedade mais justa e igualitária , por isso nom podemos consentir que o ensino seja umha mercadoria máis.

O anteprojeto da lei, indica que é de interesse galego e sem ânimo de lucro. Esta enunciaçom é falsa, pois ABANCA pretende fabricar mao de obra acorde às suas necessidades e do mercado capitalista, modificando o conteúdo dos seus graus de tal forma que permita formar a futura mao de obra que satisfaga as suas necessidades em todo momento, além de que em nengúm momento pode ser de interesse geral e sem ânimo de lucro umha iniciativa que se pretende benificiar do estudantado galego que tenha recursos económicos suficientes, já que só poderá aceder um grupo de alunado que economicamente poda pagar esses estudos, ou aquelas que recorram a um grande endividamento, elitizando ainda mais o ensino universitário no nosso país.

Por outra banda, cumpre sublinhar o feito de que o idioma galego nom existe no programa de estudos desta futura universidade privada a pesar de que o Artigo 2 Objectivos e fins da Lei 6/2013 do 13 de Junho de 2013 do Sistema Universitário da Galiza estabelece no apartado 1F “A promoçom do galego, língua oficial e propia da Galiza e a sua coexistencia co castelán, também língua oficial, e , no seu caso, com outras línguas de interesse para a docência e a investigaçom.”

A Plataforma remata o comunicado da seguinte forma:

Umha universidade privada sería nefasta para os interesses públicos, para o sistema universitário galego e evidentemente para a populaçom, já que os serviços públicos som o único garante do aceso universal à educaçom superior do alunado galego. Por todo isto manifestamos o nosso rejeitamento à criaçom dumha Universidade Privada na Galiza e manifestamos em nome de todas as organizaçons e entidades que conformamos a Plataforma Galega en Defensa da Universidade Pública o nosso firme compromiso com o ensino superior público.

As organizaçons presentes, ademais de anunciar a criaçom da plataforma e o comunicado, também anunciárom mobilizaçons para o próximo 11 de Fevereiro nas diferentes cidades do país, com o objetivo de mostrar umha resposta popular e coletiva perante a esta nova ofensiva privatizadora do Partido Popular e do capital.