A venda de automóveis cai na Galiza por primeira vez desde o ano 2012. Segundo os dados publicados como cada início do ano polas associaçons do automóvel, entre as que destacam Fanconauto e Anfac, durante o ano 2019 na Galiza houvo um total de 40.248 novos turismos matriculados. Esta cifra implica um descenso do 12,7 % em relaçom ao ano anterior, quando se alcançárom as 46.098 novas matrículas.
Para as associaçons do automóvel é um dado alarmante porquanto rompe com a tendência ascendente dos últimos sete anos. Desde que no ano 2012 se tocara fundo e apenas se alcançaram as 29.000 matriculaçons, o mercado do automóvel nom deixou de crescer embora fosse a costa das ajudas públicas.
Contudo, o parque automobilístico galego de turismos ainda se mantem por acima do milhom e médio de unidades (1.539.019) do que resulta umha proporçom de 57 veículos por cada 100 habitantes, cifra completamente irracional tendo em conta que os menores de 16 anos nom podem conduzir e na cifra arriba indicada contemplam-se unicamente os turismos (nom se incluem motos, furgonetas e outros veículos).
Pola sua vez, através de nota de imprensa, a Direçom Geral de Tráfico (DGT) parabeniza-se porque durante o ano 2019 apenas 1.098 pessoas falecêrom em acidentes de trânsito. É de rigor questionar-se o normalizado que está morrer nas estradas quando o organismo responsável considera umha boa nova que durante um ano faleçam violentamente mais de um milheiro de pessoas, nomeadamente gente nova.
A fim dum modelo?
O mercado de automóveis é um bom indicador do estado de saúde da economia capitalista e a caída nas vendas de veículos faz prever que se avizinha umha a nova crise económica. Se a venda de turismos desceu abruptamente, os automóveis de alta gama: aqueles catalogados nas estatísticas como carros desportivos, carros “todoterreos” (SUV) ou carros premium, incrementárom notavelmente as vendas durante o ano que vem de rematar.
Umha vez mais, som as condiçons materiais e nom a “educaçom” ou a “consciência ecológica” a que provoca umha mudança no consumo.
Agora compre aguardar se o novo executivo progressista cederá umha vez mais ante as pressons do lobby automobilístico e manterá este de negócio absurdo a base de novas injeçons de dinheiro público ou aproveitará para mudar, ainda que for superficialmente, o modelo de transporte.