A publicaçom do relatório do Conselho da Europa em relaçom à violaçom da Carta Europeia de línguas regionais e menorizadas por parte do Estado espanhol dá pulos às entidades sociais e políticas galegas para saírem de novo à rua com o objetivo de denunciar a “emergência linguística” motivada polo “desleixo governamental espanhol”.

Conselho da Europa critica política linguística da Junta: “a transmissom geracional da língua nom está garantida”

O comité de especialistas alerta da queda de falantes em língua galega, qualifica de “insuficiente” a atençom em galego proporcionada pola Administraçom do estado, recomenda eliminar imediatamente as “limitaçons” para o galego no ensino e adverte da perigosa perda da transmissom geracional da língua, estando esta ligada à inexistência dum quadro de imersom linguística no âmbito escolar galego.

Comissom de especialistas do Conselho da Europa com o presidente da Mesa pola Normalizaçom Linguística, Marcos Maceira (Fot. amesa.gal)

Assim, o Conselho da Europa publica no seu relatório uma série de recomendaçons para melhorar a proteçom e promoçom do galego. Em primeiro lugar, a eliminaçom das limitaçons que para o galego existem no âmbito da docência -máximo do 50 % das horas de ensino- e das restriçons a determinadas cadeiras -em referência às próprias do âmbito científico-tecnológico-, também assinala a necessidade de modificar a Lei Orgánica do Poder Judicial para garantir o uso do galego nos processos judiciais por petiçom duma das partes e, finalmente, que a língua galega seja língua da administraçom do Estado na Galiza. Para além disto, também aconselha aumentar o uso do galego nos serviços públicos e fazer públicos os relatórios de avaliaçom do organismo supervisor em educaçom.

O Secretário Geral de política Linguística, Valentín García, rejeita as críticas emitidas polo Conselho da Europa

Valentín García, numa recente entrevista para o Sermos Galiza, respondeu às conclussons do Conselho da Europa dizendo que “nom se ajustam à realiade da língua na Galiza” e que o relatório tem uma “baixa fiabilidade científica”.

Valentín García (Fot. Lindeiros.gal)

Militantes do movimento popular em defesa da língua contatados polo Galiza Livre contextualizam o depoimento do Secretário Geral como:

um exemplo claro da estratégia etnocida desenvolvida pola Junta da Galiza: negaçom dos graves problemas detetados por instituiçons de prestígio científico -relatório do IGE de 2018: 24% dos jovens de 5-14 anos nom sabem falar galego- e folclorizaçom da língua e da cultura galega, restringindo o seu uso e valorizaçom a atos simbólicos com o fim de desativar o conflito linguístico e político na Galiza.

Apesar de o Estado espanhol ter assinada desde 2001, no grau máximo, a Carta europeia das línguas regionais ou menorizadas som de carácter estrutural as violaçons dos direitos linguísticos. Os avanços conseguidos nas naçons sem estado forom atingidos, em sua totalidade, por movimentos sociais e políticos nacionalistas e independentistas, quer dizer, graças à própria força endógena dos povos oprimidos polas políticas desnacionalizadoras e assimilistas estatais. Neste sentido, pode-se verificar como as únicas naçons do Estado onde existe imersom linguística no ensino som na Catalunha e em Euskal-Herria, onde o independentismo tem uma maior força política e social.

Mobilizaçons perante a emergência linguística

Queremos Galego, a plataforma cidadá para a defesa da língua formada por mais de 600 entidades, convoca concentraçons na próxima quinta-feira, 19 de dezembro, às 20 h. nas cidades de Santiago, Corunha, Ferrol, Ponte Vedra, Vigo, Ourense e Lugo, em resposta “à situaçom de emergência linguística que refletem os dados do IGE” e para “reivindicar que a Junta cumpra com as demandas realizadas polo Conselho da Europa”.

Cartaz da plataforma Queremos Galego (Fot. queremosgalego.gal)