As perspectivas nom eram erradas, e os resultados da 25º Cimeira das Partes da Convençom das Naçons Unidas confirmárom-no. Os grandes governos -e as corporaçons que implicitamente representam- nom concretizam os assuntos pendentes do Acordo de Paris e negam-se a acelerar os ritmos de reduçom de CO2. Um cenário imprevisto pola sua magnitude e gravidade estám mais perto para toda a Humanidade.

A dificuldade para acadar acordos levou a adiar o encerramento do encontro até este fim de semana. A presidência da cimeira organizava na última hora da sexta feira reunions bilaterais com vários dos Estados, com o objectivo de poder vender à mídia certos acordos substanciosos. Com as fórmulas eufemísticas que tam bem maneja a casta política, Teresa Ribera, titular do ministério que pomposamente se chama ‘de Transiçom Ecológica’, afirmou que ‘nom é descartável que haja temas nom abondo maduros e cumprirá seguir trabalhando neles.’ Os magros acordos de Paris, segundo Ribera, som na prática rejeitados

Avanços?

Na cimeira de Acçom Climática de Nova Iorque, celebrada há apenas três meses, um total de 66 Estados assinárom ‘compromissos de ambiçom climática’, isto é, vontade de acelerarem a descarvonizaçom das suas economias. Na Cop25 celebrada em Espanha, mais sete países aderírom a este compromisso. Porém, de lermos a letra pequena, o total de emissons que representam os assinantes nom chegam ao 10%. Um outro avanço relativo nos acordos é a constituiçom do Fundo Verde para o Clima, ferramenta de coordenaçom que tenciona que os países da periféria capitalista recebam compensaçom económica pola descarvonizaçom.

Nada a ver com os grandes estados industrializados, que ficam ancorados na sua pretensom de poluir sem taxa, apesar das reiteradas advertências da imensa maioria da comunidade científica. A China, Índia, Brasil ou os Estados Unidos negam-se a alcançar consensos. China, futura primeira potência mundial, segue o ronsel dos Estados Unidos, e com o 29% das emissons globais, está preocupada fundamentalmente com comprar a outros países direitos de emissom. Segundo manifesta um vozeiro de Ecologistas em Acçom na impresa, “estám-se a saltar questons fundamentais de Paris.” Quanto Espanha, ainda que fai parte dumha UE que se comprometeu a reduçom de emissons até do 55% na vindoura década, continua muito longe de reduzir a sua poluiçom de gases no 20%, tal como se comprometera.

Ecologismo tolerado, insuficiente

O movimento ambientalista que acapara os cabeçalhos da mídia empresarial, caracterizado por omitir qualquer mençom ao capitalismo na crise climática em andamento, tivo que reconhecer que a própria cimeira nom passa de cenificaçom. Para Fridays for Future, promotora das teses do capitalismo verde e vinculada a Greta Thunberg, “ao se dilatarem os tempos de apresentaçom de novos compromissos, podemos adiar durante anos o enfrentar a emergência climática, o que terá consequências catastróficas.” A sentada reivindicativa do colectivo, umha espécie de performance como as que habitualmente lança Greenpeace, tivo pouco ou nulo poder disuassório para os amos do mundo.

Na Galiza, o grande foco poluinte continua

Na nossa Terra, os representantes da involuçom mantenhem os principais postos de controlo político e mediático, daí que caminhem mesmo por trás do mais moderno capitalismo verde. O presidente Feijoo atrevia-se a manfiestar que “As Pontes é necessária para a Galiza e Espanha”; sem ela, “Galiza seria umha comunidade autónoma deficitária em energia”. Organizaçons ambientalistas como ADEGA desmentírom esta afirmaçom, lembrando o potencial dos ciclos combinados de gas em Sabom e as Pontes, que permitiriam produzir praticamente a mesma electricidade que hoje generam as térmicas de carvom.