Durante o presente ano, o lobby energético conseguiu acrescentar a potência eólica instalada nos montes galegos graças à posta em marcha de vinte novos parques eólicos: dezoito de nova construçom e duas repotenciaçons de moinhos já existentes. Estima-se que quando finalize o ano em curso, o aumento de potência alcance os 575 Mw., o que implica o maior aumento de potência da história do país. Percentualmente, supom um incremento do 17 % em apenas doze meses. Soubemo-lo através do presidente da Associaçom Eólica da Galiza (EGA).

A indústria energética soubo tirar proveito apoiando-se na escusa das energias limpas e aproveitando que o discurso do capitalismo verde está no seu ponto álgido.

A produçom de energia eléctrica na Galiza

Se fazemos um pequeno resumo em cifras do cenário energético galego pode ver-se que a Galiza gerou durante o ano 2018 um total de 31.312 Gwh. de energia eléctrica. Desta cifra, pouco mais da terceira parte foi gerada nas três grandes centrais térmicas existentes: As Pontes (a de maior potência do estado), Meirama e Sabom. Logo da gerada nas centrais térmicas encontra-se a gerada com fontes renováveis: o 27 % da energia galega foi gerada polas centrais hidroeléctricas que esganam quase todos os rios galegos e outro tanto foi produzido polos milheiros de aerogeradores eólicos que inçam os montes. Apenas resta um 10 % que foi produzido por outros médios (cogeraçom, biomassa, biogás, energia fotovoltaica…).

Se nos centramos na energia eólica, temos que se produzírom 8.379 Gwh. nos 161 parques que existiam quando finalizou o ano 2018 e que estavam distribuídos por toda a geografia galega. Somavam umha potência instalada de 3.411 Mw. que já entom representava mais do 30 % da total do estado, e à que agora lhe há que somar os 575 Mw instalados durante o ano 2019 para alcançar a cifra dos 4.000 Mw. Todos os dados fôrom extraídos do Informe Anual do Sistema Eléctrico Espanhol.

Para que mais parques eólicos?

Como se dizia mais arriba, na Galiza gerárom-se mais de 31 mil Gwh., mas apenas se consumírom 20 mil, incluindo a energia consumida polas grandes indústrias electrointensivas e demais indústrias enclave instaladas no País. Isto quer dizer que aproximadamente 11 mil Ghw. fôrom exportados porque Galiza non tem tanta demanda.

Pola sua vez, o vozeiro da EGA, valorava que o incremento de potência eléctrica eólica levado a cabo este ano suporá um incremento na produçom de energia eléctrica suficiente para alumiar quase médio milhom de vivendas. Mas a realidade é que já sobra energia para alumiar essas vivendas, e se hoje existem vivendas sem luz eléctrica na Galiza é porque o serviço está privatizado e muitas famílias nom podem pagar o preço que impom o mercado.

Nom se precisam mais moinhos de vento, nom é necessário que mais espaços coletivos sejam apropriados por empresas privadas para a sua exploraçom. Ademais, desde a patronal eólica, e também desde a Junta, consideram que o pago de um mísero canom eólico é suficiente para paliar o impacto paisagístico que provocam os moinhos de ferro. Mas os danos que provocam este tipo de instalaçons ao patrimônio natural e cultural som enormes como venhem denunciando desde há muitos anos as numerosas organizaçons ecologistas existentes no país. Sete delas criárom este mesmo ano a primeira Rede Galega contra os parques eólicos, que está integrada pola Associaçom de Vizinhos 3 de maio de Campolongo, a Associaçom de Vizinhos Vila do Monte de Outes, o Coletivo Nom eólicos de Ordes, a Plataforma Nom Máis Eólicos Campelo-Bustelo-Toural, a Plataforma Vizinhal Nom Eólicos de Maçaricos, a Plataforma Vizinhal Contra os Eólicos de Ponteceso e Salvemos O Iribio.