Mais de 100 pessoas participárom ontem, sexta-feira 8 de novembro, numha manifestaçom nacional em Compostela em «solidariedade co povo catalám». A convocatória era sem siglas —em regime de autoconvocatória—.
Sob a legenda «Els carrers seran sempre nostres!» («As ruas serám sempre nossas!»), a manifestaçom partiu da praça da Galiza, continuando o seu percorrido pola rua da Virgem da Cerca e pola rua das Casas Reais, para rematar na praça do Pam («praça de Cervantes»), onde se lhe deu leitura ao manifesto da convocatória, que reproduzimos ao final desta nova.
Na comunicaçom assinalou-se que a manifestaçom «nasceu da solidariedade do povo galego com o povo catalám, que está a sofrer com gram intensidade e violência a repressom espanhola», mas também «da preocupaçom polo nosso próprio futuro, como galegas e independentistas», pois «o que aconteça na Catalunya terá consequências no nosso processo de libertaçom nacional». «A repressom espanhola que agora experimenta o povo catalám extrapolará-se, de ser necessário, a qualquer luita que suponha um perigo para o Estado», afirmou-se.
«Atualmente, o independentismo catalám é o maior representante deste perigo, e o único movimento com opçons reais de derrotar o Estado espanhol. A culminaçom do processo independentista catalám suporá umha imensa debilitaçom do regime. Na Galiza temos o dever de contribuir a este debilitamento, mobilizando-nos e tomando a rua», asegurou-se.
Exigiu-se, «tanto para a Galiza como para a Catalunya», a «amnistia das presas políticas», a «retirada das forças de ocupaçom espanholas» e o «fim imediato da repressom contra o independentismo».
Segundo as convocantes, «o sucedido nestes anos na Catalunya demonstrou, por se alguém ainda o duvidava, que o Estado espanhol jamais reconhecerá o direito de autodeterminaçom», polo que «a nossa tarefa como militantes independentistas galegas» é «criar as condiçons que fagam possível o seu exercício, através da auto-organizaçom popular e dum processo de socializaçom da necessidade da independência».
Por último, manifestou-se a «legitimidade da autodefensa popular». «Seja perante umha agressom policial pontual ou como resposta à opressom nacional que padecemos por parte do Estado espanhol, o povo tem direito a defender-se», asseverou-se. Aliás, destacou-se que «como se demonstrou na revolta catalã, o povo é capaz de fazer retroceder às forças de ocupaçom espanholas. Porque o poder do povo sempre é maior que o de qualquer Estado ou oligarquia. Porque juntas somos invencíveis».
Manifesto na íntegra
Esta manifestaçom nasceu da solidariedade do povo galego com o povo catalám, que está a sofrer com gram intensidade e violência a repressom espanhola. Mas também nasceu da preocupaçom polo nosso próprio futuro, como galegas e independentistas: temos claro que o que aconteça na Catalunya terá consequências no nosso processo de libertaçom nacional, e sabemos que a repressom espanhola que agora experimenta o povo catalám extrapolará-se, de ser necessário, a qualquer luita que suponha um perigo para o Estado. Atualmente, o independentismo catalám é o maior representante deste perigo, e o único movimento com opçons reais de derrotar o Estado espanhol. A culminaçom do processo independentista catalám suporá umha imensa debilitaçom do regime. Na Galiza temos o dever de contribuir a este debilitamento, mobilizando-nos e tomando a rua.
Nós, hoje, exigimos, tanto para a Galiza como para a Catalunya, a amnistia das presas políticas, a retirada das forças de ocupaçom espanholas e o fim imediato da repressom contra o independentismo.
O sucedido nestes anos na Catalunya demonstrou, por se alguém ainda o duvidava, que o Estado espanhol jamais reconhecerá o direito de autodeterminaçom. A nossa tarefa como militantes independentistas galegas é, pois, criar as condiçons que fagam possível o seu exercício, através da auto-organizaçom popular e dum processo de socializaçom da necessidade da independência.
Enviamos um abraço internacionalista às companheiras catalãs que resistírom —e resistem— frente à violência espanhola. Manifestamos a legitimidade da autodefensa popular. Seja perante umha agressom policial pontual ou como resposta à opressom nacional que padecemos por parte do Estado espanhol, o povo tem direito a defender-se. Queremos destacar que, como se demonstrou na revolta catalã, o povo é capaz de fazer retroceder às forças de ocupaçom espanholas. Porque o poder do povo sempre é maior que o de qualquer Estado ou oligarquia. Porque juntas somos invencíveis.
Els carrers seran sempre nostres!
As ruas serám sempre nossas!
Independência!