Os plásticos derivados da actividade agrícola som um problema sem resolver polo menos desde o ano 2017. O desleixo da Xunta unido à escassa conscienciaçom social da sua perigosidade fai com que se acumulem toneladas deste tipo de resíduos nos pontos que os concelhos tinham habilitados para a sua recolhida.Assi é o novo ecologismo verde do capital: preocupaçom polos plásticos do océano atlántico ao tempo que se responsabiliza individualmente aos e às labregas da recolhida e tratamento de uns resíduos que nom podem gestionar. É um problema grave, pois estima-se que anualmente Galiza gera por volta de 7 700 toneladas de plásticos agrícolas.

Administraçom incapaz e temerária

A actuaçom da administraçom galega em matéria de resíduos é apenas umha imagem da gestom caótica ou inexistente que manifestam em todos os campos da vida pública. No ano 2017 a Xunta negou-se a reeditar um concurso cofinanciado pola Uniom Europeia que cobria o 80% do seu custo para a recolhida e tratamento de plásticos agrícolas. Naquela altura a administraçom galega tinha que abonar umha quantidade de 24 000 euros. Perante a sua negativa o convénio foi roto e, sem um plano alternativo e produto da mais absoluta improvisaçom em matéria medioambiental, carregou nas costas das labregas e concelhos a responsabilidade pola recolhida e tratamento dos plásticos mencionados.

Nem os particulares nem as administraçons locais estám preparadas para a recolhida e tratamento deste tipo de plásticos de grande volume, que até a data eram recolhidos e tratados em Touro pola empresa Tyrma. Lembremos que na actualidade a multiplicaçom de plásticos no ámbito rural é cada vez maior, toda vez que aos clássicos dos invernadoiros e silos hai que somar as redes que se colocam nos fardos de erva antes do encintado.

Centos de toneladas acumuladas

A improvisaçom no tratamento de resíduos da Xunta nom é nova e foi objecto de denúncias em múltiplas ocasions. No que tem a ver com o caso concreto dos plásticos agrícolas, o parlamentário do BNG Xosé Luis Rivas, leva desde o ano passado denunciando a situaçom. Existia um acordo parlamentário de Novembro de 2018 que obrigava à Xunta a colaborar com os concelhos na recolhida destes resíduos que a administraçom está a ignorar.

Nestes momentos, cada concelho decide o quê fazer com este tipo de resíduos. Na maioria dos casos permanecem abandonados nos pontos de recolhida que existiam nas diferentes localidades. Em outros muitos casos, ao descarregar a administraçom a responsabilidade nas pessoas particulares, opta-se pola incineraçom, com os perigos medioambientais que isso comporta. Hai concelhos de grande producçom leiteira como o de Maçaricos onde o concelho começou a recolher porta por porta os plásticos. Também acontece o próprio em Zás, Mugia e Dumbria.

Empresas privadas sacam rendemento da reciclagem

Quando a China deixou de importar lixo do estrangeiro em 2018, o PP popular no governo assegurarva que as empresas de reciclagem espanholas seriam capazes de absorver todo o volume de resíduos existentes.

Umha dessas empresas que se lançou ao negócio foi Tyrma. A empresa, sob gerência de Javier Díaz Teijeiro, era precisamente a concesionária do convénio da Xunta para o transporte e tratamento dos plásticos agrícolas. Ao rescindir o contrato, a empresa deixou de realizar o trabalho.

No ano 2016 a empresa começou o negócio centrada exclusivamente no negócio dos plásticos agrícolas, embora a reciclagem de sacas de papel fôrom tomando importáncia até chegar quase à totalidade do volume de negócio de hoje em dia. O gerente de Tyrma é também sócio de outras duas prantas de tratamento em Teruel e França.

Tyrma, parte do Centro de Valorizaçom ambiental do Pino

Embora se dedique à reciclagem e o jornal local El Correo Gallego lhe lave amiúde a cara com publireportagens para tentar paliar a sua má fama como consequência da luita contra a mina de Touro, a empresa nom pode esconder de onde vém e onde está. A lavagem de cara, para além de El Correo Gallego, realiza-na através da colaboraçom com instituiçons universitárias ou até mantendo umha granxa de porcos celtas.

Construida justo por cima do que era umha balsa mineira, a associaçom local Aldeia Viva denuncia que com essa obra fizérom desaparecer a metade da extensom da balsa provocando assi a contaminaçom dos regatos com àguas pesadas. A associaçom qualificou em umha nota de impresa de “terrorismo medioambiental” os trabalhos que ditas empresas agrupadas no Centro de Valorizaçom realizam sobre o terreno perante a total passividade da Xunta.