Para as 20.00 horas deste serao está convocada em Ferrol umha marcha em solidariedade com Xesús Anxo López Pintos. A manifestaçom está programada que arranque de diante do edifício da Junta e remate no Cantom. Está convocada polos sindicatos CIG, CCOO, UXT e CXT e conta com o apoio de organizaçons sociais, culturais e políticas além de mais de trinta comités de empresa.
Pintos era secretário comarcal da CIG em Ferrol quando sucedérom os feitos dos que se lhe acusa. Foi detido em outubro do ano 2012, quando mais de 300 trabalhadores do setor naval foram protestar no ato de início de campanha do PP em Ferrol pola situaçom que vivia o setor. Agora, já reformado, aguarda a que se celebre o juízo, que terá lugar os dias 12, 13 e 14 de novembro na Audiência Provincial de A Corunha.
Contra a repressom sindical. Justiça para Pintos!
Este é o lema que encabeçará a marcha em apoio a Pintos e que solicitará polas ruas de Ferrol a sua absoluçom. A acusaçom pede para o ex-sindicalista a sua entrada em prisom por “atendado”. Ademais da marcha prevista para hoje também há convocadas concentraçons solidárias nas datas nas que se celebre o juízo diante da Audiência Provincial, entre as 9.30 e as 11.00 horas.
Para além destas mobilizaçons, a CIG tem em marcha a campanha Nom há repressom que pare a luita obreira para rejeitar a criminalizaçom da luita sindical e da mobilizaçom social, e na que também exige a supressom da Lei Mordaça e do artigo 315.3 do Código Penal.
Política na rua
Pintos foi detido e ferido aquela noite do dia 5 de outubro de 2012. Durante os protestos sofreu umha contusom na cabeça e, ferido, foi arrestado. Passou a noite na esquadra da policia e no dia seguinte passou a disposiçom judicial. Na altura Pintos já denunciara que além de resultar ferido nos protestos, durante o tempo que estivo detido fora sometido a maus tratos. “Estava algemado a umha cadeira na esquadra. Um policia batia em mim enquanto o resto mirava”.
Umha vez posto em liberdade com cargos, denunciou os maus tratos, mas como acostuma a acontecer nestes casos, a vítima converte-se em verdugo e agora enfrenta-se a cargos que o podem levar a prissom. O caso de Pintos nom é mais que outro exemplo de criminalizaçom da protesta. O Estado entende que esta deve ser castigada com firmeza para que esta nom cresça.
O poder sabe que a mobilizaçom na rua é um dos principais pés da açom política, e a Galiza, como já temos relatado neste portal, é um dos principais focos de conflituosidade do estado, apesar de que a literatura espanhola nos tenha agenciado o papel de povo manso. Segundo dados oficiais do Ministério de Trabalho, Migraçons e Segurança Social, as jornadas de trabalho perdidas na Galiza devido a protestos durante o ano 2018 superárom as 60 mil, e na primeira metade do presente ano já se ultrapassavam as 24 mil jornadas perdidas.