Um trabalhador de 57 anos morria esta segunda feira em Padrom logo de que lhe caísse encima um muro de pedra. O acidente aconteceu a primeira hora da tarde na aldeia de O Areal, durante os trabalhos de restauraçom de umha vivenda. A semana passada morria outro operário na fábrica de papel de Brandia, em Compostela, depois de ser aprisionado por umha máquina. Pouco a pouco vai-se escrevendo umha trágica listagem de mortes que ficará apenas na memória dos seus achegados.

Como já se tem analisado neste portal, a sinistralidade laboral é um problema de primeira ordem que, segundo as estatísticas oficiais, baniu a vida de 613 galegos desde o ano 2009. Cifra onde ainda nom se incluem estes dous últimos falecidos.

Ao igual que acontece com os acidentes de trânsito, os médios de comunicaçom já nos acostumárom a vê-los como umha desgraça necessária, como umha consequência forçosa ligada ao crescimento económico. Os médios oferecem as novas destes acidentes de jeito rotineiro, com um estilo monótono onde apenas se mencionam brevemente a hora e lugar do sinistro e a idade da vítima, enquanto se mostram imagens do lugar do acidente.

Os dados

Os dados publicados polo Instituto de Segurança e Saúde Laboral de Galiza (ISSGA) amossam que os acidentes laborais durante o primeiro semestre deste ano aumentárom em relaçom aos registrados no mesmo período do ano passado. Em total, na Galiza houve 13.877 acidentes laborais com baixa, o que resulta um 3,74 % superior aos registrados durante o primeiro semestre do ano 2018, os cales já significavam um aumento do 3,92 % a respeito do ano 2017. Do total dos acidentes com baixa laboral, 237 forom graves e 23 forom mortais, o que significa um incremento do 6,76 e 15 % respectivamente.

Além dos acidentes, há que lembrar as enfermidades laborais, que também crescêrom notavelmente durante o primeiro semestre do ano. Em concreto, as enfermidades laborais incrementárom-se um 32,35 % a respeito do mesmo período do ano passado.

Incumprimento dos padrons europeus

Do informe publicado em abril deste ano por um sindicato espanhol extraia-se que Galiza tem o maior índice de acidentes mortais de todo o Estado, com um índice do 6,05, cifra que duplica a média do Estado que se situa no 3,24.

Pola sua vez, o Comité Europeu de Direitos Sociais publicou recentemente as suas conclusons anuais sobre o grao de cumprimento dos direitos relativos à saúde, segurança social e proteçom social nos Estados membros da Uniom Europeia. Entre as conclusons advertia que o Estado Espanhol nom cumpre quatro puntos da Carta Social Europeia, entre eles o direito à segurança no trabalho.

O Comité Europeu de Direitos Sociais considera que nom se garante o direito à segurança no trabalho porque o índice de acidentes de trabalho por cada 100.000 trabalhadores foi o dobre que a média europeia, que se mantém no 1,64. Do que resulta que o índice de acidentes laborais que padece a classe trabalhadora na Galiza é quase quatro vezes maior que a média europeia.