Que a dependência política da Galiza tem consequências económicas é tam evidente que incluso é posta em causa polos próprios representantes do espanholismo no nosso país. Esta mesma semana o Vice-presidente de Junta e o responsável da Conselharia de Fazenda apresentárom um informe encarregado à Asesoria Jurídica da Junta, que defende a tese de que o Estado espanhol adeveda a Galiza mais de 700 milhons de euros. Neste informe corrobora-se que Espanha deve pagar esta quantidade ao governo autonômico ainda que o governo do Estado esteja em funçons.

Pedimos o que é nosso

Poder-se-ia pensar que estas palavras foram pronunciadas por um militante independentista, mas forom as que proferiu Valeriano Martínez, conselheiro de Fazenda durante a rolda de prensa da passada segunda feira. O censelheiro declarou aos médios que “a Galiza devem-se-lhe 700 milhons de euros e o único que pedimos é o que é nosso”. Também dixo que a situaçom do País é “inédita, urgente e sem precedentes” por culpa da falta de pagamento do Governo de Espanha. Pola sua vez, o vice-presidente de Feijoo, denunciou que esta quantidade é “imprescindível” para poder manter o nível dos serviços públicos galegos.

Baile de máscaras

O que desencadeia este tipo de polémicas, embora seja certo que conforme a própria legislaçom espanhola o estado deve dinheiro ao governo autonómico galego, é que ambos governos nom estám presididos polo mesmo partido político. O PP na Junta e o PSOE no governo estatal.

A dívida económica existe (em realidade é muito maior), mas o motivo que desencadeia a acusaçom pública por parte do governo do PP nom é, evidentemente, o dever moral de denunciar umha injustiça ou a reclamaçom de mais autogoverno para o nosso País. A denúncia forma parte do baile de máscaras ao que nos tenhem habituados os dous partidos políticos que sostenhem o régime espanhol. Devem manter a aparente rivalidade política para fingir que as votantes decidem algo com o seu voto. E durante este baile de aparências, do que ambas as partes som conscientes, abrolham as aldrajes sistémicas que padeze o País.