Hadriám Mosquera ‘Senlheiro’ denuncia mais vulneraçons de direitos na prisom da Lama
O periplo carcerário de Hadriám Mosquera está a ser, como soi acontecer com as presos e presas que nom baixam a cabeça diante de instituiçons penitenciárias, accidentado e condicionado polo abuso. Em comunicaçom recente ao seu entorno familiar e a organismos de direitos humanos, denuncia umha soma de medidas punitivas tomadas pola prisom da Lama, que redunda no desordem do seu dia-a-dia em prisom, e confirma a prática impunidade dos que dirigem os destinos da populaçom reclusa.
Segundo transmite Senlheiro num escrito recente, no passado julho tivo que afrontar de novo o mau trago do módulo isolamento. Os carcereiros conduzírom-no ao departamento de regime fechado -segundo o nome eufemístico que dam os mandos do centro- por ‘nom cumprir a orde de assistir a umha comissom disciplinária’. Ditas comissons som os organismos que escuitam as partes quando há sançons de carcereiros a presos, e nelas a palavra dos reclusos conta muito pouco. Num certo paralelismo com o que acontece na rua quando se contraponhem declaraçons de polícias e civis imputados num delito, a parte do Estado sempre leva a de ganhar.
Seja como for, Hadriám Mosquera foi conduzido por uns dias a umha galeria de nom mais de oito presos, com celas orientadas a um minúsculo espaço interior e um muro de formigom. Lá tivo direito apenas a quatro horas de pátio, em solitário ou em companhia de mais um ou dous presos. Senlheiro comunica também que, como prática humilhante, ‘foi obrigado a um cacheio integral, e posteriormente à realizaçom de flexons.’ O independentista negou-se a cumprir as ordes, mas nom puido impedir que lhe tirassem a sua roupa e ficar coberto com umha bata branca. Para complicar mais a situaçom, e a instáncias da direcçom do centro, Mosquera foi deslocado posteriormente de isolamento ao módulo de enfermaria, onde foi recluído numha cela com paredes de cristais ‘seguindo o protocolo anti-suicídios’. Senlheiro manifestou que a direcçom do centro decidiu esta medida aduzindo velar ‘pola sua seguridade’, quando nom havia razom nenhuma para tomá-la.
Agressom e mudança de módulo
Finalmente, e já no mês de agosto, a volta a vida num módulo convencional nom assegurou umha mínima tranquilidade para Senlheiro. O seu círculo de achegados comunica que na passada semana, trás mediar em defesa dumha mulher trans acosada por outros presos, foi agredido, ante a passividade dos carcereiros. Mosquera Paços tivo que receber quatro pontos de sutura por mor da agressom e, mais umha vez, padeceu mudança de módulo.
Rotina e caos na prisom
Ainda numha versom extrema, o que narra o preso político de Compostela é a dinámica dum ou outro modo padecida por geraçons de militantes galegas na prisom. As tentativas dumha vida ordenada e produtiva, com o ánimo de profundizar nos estudos, na formaçom política, no desporto ou no artesanato, som curtadas umha e outra vez por instituiçons penitenciárias. Romper os bons hábitos, rachar a dinámica social, se esta existir, e mergulhar o preso numha vida de desequilíbrio e tensom, som as receitas preferidas polos profissionais da repressom. Tam só o apoio solidário do exterior, somado à firmeza de conviçons da pessoa retaliada, pode evitar que a engrenagem penitenciária cause danos severos.