Mais um ano, e já vam sete, a mocidade independentista galega sai às ruas no 24 de julho. Desta vez fazemo-lo desde a Mocidade pola Independência, rede de assembleias de carácter unitário e plural em luita contra todas as ferramentas que o Estado e o Capital utilizam contra nós, as moças das classes populares galegas.
O sistema submete-nos a umha situaçom de precariedade indefinida condenando-nos à emigraçom, à sobreexploraçom em trabalhos que apenas alcançam para sobreviver, a um paro juvenil que nom fai mais que medrar e, em definitiva, à dependência económica perpétua. HOJE, BERRAMOS ALTO E CLARO EM PROL DUM FUTURO DIGNO NA NOSSA TERRA!
Desde a Mocidade pola Independência consideramos de vital importância para o conjunto do movimento independentista galego a unidade da juventude. Por isto, chamamos a todas as moças galegas a participar nas assembleias comarcais da mocidade, organizadas sob os princípios do independentismo, anticapitalismo, feminismo, antifascismo, defensa da língua e a cultura, defensa da terra, anti-imperialismo e internacionalismo. Todas as que estamos aqui hoje temos a responsabilidade de mudar a nossa realidade material, precisamos trabalhar dia a dia para acadar melhoras substanciais nas nossas vidas. Temos a força, a capacidade e as ganas de mudá-lo tudo, nom queremos deixar a nengumha atrás, todas somos necessárias. AVANTE A UNIDADE DO MOVIMENTO JUVENIL GALEGO!
Combatemos desde este e todos os espaços ao sistema patriarcal que nos oprime por ser mulheres das classes populares. Como mulheres sufremos agressons diariamente: simbólicas, psicológicas, físicas, sexuais… Nom só de homens alienados ou do sistema estruturado co objetivo concreto de oprimir-nos para manter os privilégios e o status quo, senom também de homens supostamente conciencializados e supostos aliados aos que muitas veces lhes é mais singelo aproveitarse dos seus privilégios que desfazer-se deles. Hoje dizemos-lhes que já non aguantamos mais, nom vamos calar. AS RUAS, AS FESTAS E AS ASSEMBLEIAS TAMBÉM SOM NOSSAS!
Plantamo-nos também contra o conhecido fascismo encuberto e o recentemente descuberto. Já nom tenhem medo nem vergonha, aproveitam a necessidade e desesperaçom das classes populares manipulando rejeçons e descontentos lícitos co objetivo de legitimar o discurso do ódio. O ódio entre nós próprias. Repregam-se cara um chauvinismo xenófobo que, no caso do Estado espanhol, se refugia na defensa dumha naçom inventada como saída fácil aos problemas comuns. Sabemos ademais que na Galiza nom se trata só dos fascistas autoproclamados, senom dos que levam toda a vida ponhendo-se umha careta de demócratas que lhes vai grande por todos lados. Nom vamos fazer concessons, nom ides avançar na nossa terra. CONTRA O FASCISMO, NEM UM PASO ATRÁS!
Como nom pode ser doutra maneira, condenamos também as diversas intervençons imperialistas que se fôrom dando de maneira recorrente ao longo da história e ainda na atualidade. Como independentistas acreditamos na soberania dos povos e como anti-imperialistas e internacionalistas rejeitamos a ingerência das grandes potências económicas en países que pretendem escapar do seu submetimento económico e construir a sua naçom o mais alonjada possível do jogo capitalista. QUE VIVAM OS POVOS LIVRES!
Nom queremos deixar de lembrar-nos tampouco das presas condenadas no Estado espanhol e no resto do mundo por razons políticas. Exigimos a liberdade total daquelas pessoas que som julgadas polo mesmo sistema ao que combatem, sendo este juiz e parte, o que é a todas luzes injusto. Homens e mulheres que com determinaçom e valentia antepugérom os avanços coletivos ao seu próprio bem-estar e, en ocasions, à sua própria vida. Fazemos especial mençom às presas independentistas galegas, que compartem com nós o objetivo de liberar à Galiza e ISSO NOM É DELITO. Hoje berramos mui alto, que nos escoitem nas cadeias, que NOM ESTAMOS TODAS, FALTAM AS PRESAS!
Por todo isto e muito mais estamos hoje aqui, fica muito por fazer, companheiras, e nós somos o sujeito político chave na mudança que precisam a Galiza e o mundo. Como dim os compas de Dakididarria, somos a mocidade ativa. Somos alegres, somos rebeldes, estamos unidas e, agora também, organizadas para luitar.
VIVA A MOCIDADE INDEPENDENTISTA!
VIVA GALIZA CEIVE!