Anunciou-no a organizaçom política independentista em rolda de imprensa no passado sábado. No 1 de julho o tribunal especial dedicado a julgar a dissidência política no estado espanhol emitiu um auto em que se reflectia que as pessoas detidas em 2015 no marco das causas que se seguem contra a organizaçom política Causa Galiza ficam exoneradas do cárrego de pertença a banda armada. A única imputaçom que se mantém após aquela operaçom policial e mediática é a de ‘enaltecimento do terrorismo.’

Retrospectiva

No ano 2015 a Guardia Civil detivo nove pessoas vinculadas a Causa Galiza em diferentes lugares do País sob a acusaçom de pertença a banda armada e enaltecimento do ‘terrorismo’. Continuava-se assi na Galiza a tam extendida prática de perseguir ao que juridica e policialmente se denomina ‘entorno, entramado’ de apoio à violência política ; por outras palavras, o confinamento à ilegalidade de opçons políticas que questionam os fundamentos do Regime. A andamiagem jurídica estava semeada logo de condenar em 2013 quatro independentistas galegos por pertença à resistência galega. Para além das detençons, que nestes casos procuram ir fechando caminho às organizaçons independentistas ( daí o próprio nome dos operativos), a Audiência Nacional decretou durante um ano a suspensom de actividades políticas, o qual supunha na prática umha ilegalizaçom. Com o levantamento da devantida suspensom o tribunal especial assinalou um caminho diferente, de maior distensom que agora vém de confirmar.

No ano 2017 o operativo levou a cabo umha segunda parte detendo a mais três pessoas vinculadas com o ámbito da solidariedade. O operativo denominou-se Jaro II. A imprensa na altura reflectiu que o operativo estava motivado pola celebraçom do recebimento ao ex-preso Antom Santos, que saira em liberdade tempo antes. Destarte, a mensagem emitida era clara: a solidariedade também custa caro e receber colectivamente militância ex-presa é umha linha vermelha. Nos últimos anos esste tipo de actos fôrom proibidos em reiteradas ocasions pola Audiência Nacional também em diferentes contextos e no caso de pessoas de diferentes luitas (independentismo basco e galego, comunistas e antifascistas)

E no sucessivo ?

Seja como for, ainda resta pendente o cárrego de enaltecimento do terrorismo, muito empregado nestes momentos no estado para a persecuçom de focos de dissidência, nomeadamente no terreno da liberdade de expressom e solidariedade. A Audiência Nacional e a sua fiscalia deverá pronunciar-se interesando o processamento das pessoas enjuizadas ou decretando o arquivo da causa. Possivalmente nom demore.

Dia da Pátria como ‘ponto de inflexom para a construçom do referente político’

Como era de esperar, a imprensa do Regime, que destacara em grandes cabeçalhos um alegado papel de Causa Galiza como ‘braço político’ da resistência galega, apostou no silenciamento nesta ocasiom. Os grandes meios estivérom ausentes da rolda de imprensa em Sam Martinho Pinário, quando ainda recentemente -com motivo da detençom de quatro militantes pola Audiência Nacional- alguns se destacárom por pedir implicitamente a perseguiçom da organizaçom e das pessoas que ‘nom consideram delinquentes’ os presos e presas independentistas.

Na comparecência do sábado, Causa Galiza descartou centrar-se monograficamente na questom repressiva e, pola contra, apresentou oficialmente a campanha em andamento do Dia da Pátria. Esta foi precedida pola já conhecida ‘campanha das 10000’. A socializaçom massiva da ensenha nacional com essa cifra está a recuperar para a simbologia galega parte do espaço público, e portanto a motivar a ira de sectores do supremacismo espanhol. Segundo declarou no seu comunicado Causa Galiza, ‘trata-se da resposta independentista à tentativa de supressom da nossa simbologia’, em alusom às multas e proibiçons do uso da estreleira em lugares como os estádios de futebol.

Por outra banda, Causa Galiza comunicou que mantém a tradicional mobilizaçom às 12,30 na Alameda de Compostela, nesta ocasiom com a legenda ‘Independentismo em marcha’. Assinala a continuidade no caminho da construçom dum movimento político independentista com vocaçom de massas, incidência social e capacidade organizativa, quando o Processo Trevinca entra no seu equador. O calendário de ampliaçom social e debate da organizaçom rematará na vindoura primavera.

Como novidade, a rolda de imprensa serviu também para anunciar a celebraçom dumha romaria e jantar de irmandade no Parque Xixom, que culminará a jornada de luita com umha oferta lúdica.