O IGE publica cada trimestre novos dados demográficos atualizados, e cada trimestre os dados confirmam a tendência existente nas últimas décadas: nada interrompe a morte demográfica do País. Segundo os dados do instituto estatístico, a populaçom galega (os dados som referidos unicamente á CAG, sem incluir os dados da Galiza Oriental) baixou já do limiar dos 2,7 milhons durante o ano 2018.
Os dados do envelhecimento
Além da perda de habitantes o verdadeiramente preocupante som os dados que confirmam o contínuo envelhecimento da populaçom galega:
- A idade média na Galiza passou de 35,1 anos no ano 1975 a superar os 47 anos na atualidade.
- A porcentagem de populaçom menor de 15 anos passou de ser quase um terço da populaçom (31,68 %) em 1975 a beirar apenas o 15 %, cifra na que se mantem estável desde o ano 2008.
- A porcentagem de gente maior de 65 anos cresceu desde um 12,06 % em 1975 até alcançar o 24,89 %, o que supom duplicar a cifra.
- O índice de envelhecimento –a relaçom entre a populaçom maior de 65 anos e a menor de 20 anos– era em 1975 do 38,07 % enquanto na atualidade alcançou a cifra do 156,37 %.
- E mesmo o índice de sobre-envelhecimento –que amossa como está estruturada a populaçom idosa e que se calcula como a porcentagem de pessoas maiores de 85 anos entre o total da populaçom maior de 65– está em crescimento constante. O índice triplicou-se desde o ano 1975 quando era de apenas o 6,14 % até alcançar o 18,08 %.
As causas
O descenso de populaçom é provocado principalmente por um saldo vegetativo extremadamente negativo, onde o número de defunçons é quase o duplo que o número de nascimentos.
Enquanto ao balanço migratório, os dados nom som tam dramáticos mas tampouco som esperançadores. Se bem o balanço total é positivo, vinhérom viver a Galiza mais pessoas das que emigrárom, de se analisarem os dados por faixas de idade, o saldo é negativo nas pessoas menores de 30 anos e positiva nas maiores de 30. Atendendo os dados, semelha que a gente nova emigra cara a cidades europeias, nomeadamente Madrid e Barcelona, enquanto a gente idosa regressa ao País.
Mirem por onde se mirem, os dados som dramáticos. O fato da decadência populacional galega, por acaso o indício mais palpável do bloqueio económico que Espanha exerce historicamente contra o povo galego, tem como origem a falta de soberania económica e política.
A terciarizaçom da estrutura económica do País, o esboroamento dos setores primários, a precarizaçom do trabalho, a especulaçom imobiliária que provocou um encarecimento da vivenda, a reduçom dos serviços sociais: todos estes fenómenos dificultam que gente nova tenha crianças e de tê-las, tenha menos e o adie até bem passados os trinta anos.
É evidente que nom há umha planificaçom económica, demográfica nem territorial para reverter a situaçom. A Junta de Galiza, além de nom ter vontade para resolver o problema, também nom tem competências legais para fazê-lo. Sem soberania política, nom há soluçom possível.